FMI

Com 39,8% dos votos e 158 deputados, a direita chega ao poder. O Syriza, que chegou a ser cunhado como «esquerda radical» e andou anos a servir o capital como melhor pôde, deixa o governo.

Unidades da Polícia Militar e das forças «Tigres» da Polícia Nacional entraram, esta segunda-feira, nas instalações da Universidade Nacional Autónoma das Honduras (UNAH) e dispararam sobre os estudantes.

Sindicatos de docentes e médicos declararam-se em «mobilização permanente», protestando contra legislação que, em seu entender, visa privatizar os serviços e atacar os direitos dos trabalhadores.

Segundo as organizações promotoras, 200 mil pessoas participaram em Buenos Aires e um milhão em toda a Argentina na jornada de luta contra a «fome e os tarifazos», exigindo «pão, casa e trabalho».

De acordo com o relatório publicado esta quarta-feira pelo Centro de Economia Política Argentina, só em Novembro e Dezembro foram despedidos ou suspensos do seu posto de trabalho 9727 trabalhadores.

«Não se aguenta mais a situação de crise que se vive no país», denunciaram representantes sindicais, sublinhando a necessidade de enfrentar as políticas do governo de Macri «em unidade e nas ruas».

O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai recuperar a sua parte do empréstimo da troika em menos de cinco anos e com um lucro acima dos 11 mil milhões de euros, só em juros.

Após uma sessão que durou mais de 13 horas, a câmara alta do Congresso transformou em lei a proposta de Orçamento para 2019, que a oposição afirma ter sido «pensado e redigido pelo FMI».

Após 18 horas de debate e tensão, a Câmara dos Deputados aprovou, esta quinta-feira, o projecto de Orçamento para 2019. Nas ruas de Buenos Aires, houve forte contestação e grande repressão policial.

Se as previsões para os próximos anos se mantiverem, só daqui a 100 anos as regras europeias sobre a dívida serão cumpridas. Apesar disto, governos como o português continuam a recusar a renegociação.

Após a grande manifestação de ontem, Buenos Aires amanheceu sem movimento. À convocatória da CGT uniram-se as outras grandes centrais sindicais, contra a política de austeridade e o acordo com o FMI.

Milhares de trabalhadores denunciaram o agravamento das políticas de austeridade. Em Buenos Aires, organizações sociais alertaram para o aumento da fome e exigiram a Lei de Emergência Alimentar.

Um tribunal de apelação confirmou a sentença decretada em Julho. O Sindicato de Prensa de Buenos Aires considera a decisão um «precedente incontornável» para os outros 352 trabalhadores despedidos.

As propostas do novo regime fiscal e tributário apontam para uma etapa de «disciplina», disse Nicolás Maduro, que considerou um «êxito» o Plano de Recuperação iniciado com a reconversão monetária.

O recomeço das aulas após as férias de Inverno será adiado em vários pontos da Argentina, uma vez que a Confederação de Trabalhadores da Educação convocou uma greve de 48 horas em defesa da negociação colectiva.

A conferência de imprensa que Mauricio Macri deu esta quarta-feira em Buenos Aires não foi coberta pela agência Télam. Os 357 trabalhadores despedidos há três semanas continuam a exigir a reintegração.