Uber

Os motoristas protestaram ontem em frente ao «green hub» da empresa, em Lisboa, para mostrar o seu descontentamento com a recente redução dos preços decidida pela plataforma electrónica.

A Uber perdeu novamente a licença para operar na capital do Reino Unido depois de a autoridade de transportes londrina descobrir que mais de 14 mil viagens foram feitas com motoristas sem seguro.

A empresa, que beneficia com milhões de transportes e entregas diárias, não reconhece qualquer vínculo laboral a quase quatro milhões de trabalhadores em todo o mundo.

A ideologia dominante vai encontrando formas de perpetuar a exploração através do discurso. E é sobretudo aos jovens que tenta vender como «modernas» as «velhas» condições de precariedade a que muitos estão sujeitos.

As plataformas electrónicas Uber e Cabify anunciaram que vão deixar de prestar serviços em Barcelona, a partir desta sexta-feira, em reacção à regulamentação aprovada pelo governo da Catalunha.

A Uber vai somando modelos de negócio com o mesmo denominador. Desta vez, uma plataforma de recrutamento de trabalhadores à hora. 

Os motoristas da Uber vão ser obrigados a fazer um curso de 50 horas, que é menos de metade da duração da formação inicial dos taxistas, de acordo com a regulamentação publicada hoje pelo Governo.

O PS recuou nas promessas aos taxistas e chumbou a proposta do PEV para que os carros das plataformas electrónicas passem a respeitar os limites de veículos aplicados aos taxistas.

As plataformas como a Uber continuam a operar em Portugal de forma ilegal e já têm 4,6 milhões de euros de multas por pagar. Em menos de um mês, podem receber um enorme perdão.

Ao fim de oito dias de paralisação e de vitórias «importantes», os taxistas começaram a desmobilizar das concentrações em Lisboa, Porto e Faro, mas a luta contra a concorrência desleal vai continuar.

As plataformas electrónicas já estão a mostrar os resultados da liberalização imposta pelo Governo. A Uber está a cobrar até quatro vezes mais do que custaria uma viagem de táxi entre Faro e Lagos.

Ao sexto dia de protesto, os taxistas vão realizar uma vigília junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa. Em causa está a legalização da concorrência desleal no sector.

Ao terceiro dia de protesto, taxistas apelam ao reforço da mobilização durante o fim-de-semana. O PCP já apresentou no Parlamento uma proposta de revogação da lei que liberaliza o sector.

Os taxistas mantêm a paralisação de protesto em Lisboa, no Porto e em Faro pela sobrevivência do sector. Propostas de revogação da lei que regula as plataformas electrónicas vão chegar ao Parlamento.

Mais de mil taxistas protestam esta quarta-feira contra entrada em vigor da lei que regula as plataformas de transporte em veículos descaracterizados e que, estimam, ameaça 30 mil postos de trabalho.

As organizações de taxistas alteraram a data da sua manifestação nacional para 19 de Setembro, dia em que o plenário da Assembleia da República volta a reunir. A vontade, dizem, mantém-se.

O Conselho Municipal de Nova Iorque, a principal cidade onde a Uber opera, impôs uma moratória de um ano sobre novas licenças para veículos de aluguer com condutor e a introdução de um salário mínimo.

O diploma que regula as plataformas electrónicas de transporte, aprovado por PS, PSD e PAN e promulgado pela Presidência da República, ameaça o táxi. Os taxistas não se conformam e vão manifestar-se.