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Taxistas encerram protesto com vitórias, mas sem baixar os braços

Ao fim de oito dias de paralisação e de vitórias «importantes», os taxistas começaram a desmobilizar das concentrações em Lisboa, Porto e Faro, mas a luta contra a concorrência desleal vai continuar.

Centenas de taxistas, que cumprem o seu oitavo dia de protestos, manifestaram-se frente à Assembleia da República, em Lisboa. 26 de Setembro de 2018
CréditosManuel de Almeida / Agência LUSA

As organizações representativas do sector do táxi decidiram terminar a paralisação que se iniciou há uma semana, após terem estado durante a tarde em frente à Assembleia da República, onde estiveram presentes os deputados Bruno Dias (PCP), que entregou já entregou uma proposta de revogação da «lei Uber», Heitor Sousa (BE) e José Luís Ferreira (PEV). «Os Verdes» anunciaram que vão apresentar uma proposta obrigando à fixação de contingentes e limitando os preços praticados pelas plataformas.

Os taxistas conseguiram ainda assegurar o compromisso por parte do PS de avançar para a fixação de contingentes. O vice-presidente da bancada Carlos Pereira, à saída de uma reunião com representantes da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral) e da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), abriu a porta a mexidas no regime jurídico, mas no âmbito da «comissão de descentralização», atribuindo competências às autarquias.

Os taxistas sublinharam que a semana de protesto permitiu «arrancar» ganhos em algumas das suas principais reivindicações, que pareciam distantes na passada quarta-feira, e afirmar uma imagem positiva do sector junta da opinião pública. Durante oito dias, a paralisação dos táxis decorreu sem incidentes, apesar das provocações denunciadas pelos profissionais.

Já amanhã, dirigentes da Antral e da FPT têm uma reunião agendada com o PSD, que juntamente com o PS aprovou a «lei Uber».

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