Empresas

O Governo apresentou mais um pacote de medidas, desta vez direccionadas, supostamente, para a economia. À esquerda as críticas multiplicam-se. À direita, representando os grandes interesses, surgem elogios.

O Banco Central Europeu manteve inalteráveis as taxas de juro, pela terceira vez consecutiva, uma decisão com impacto negativo na vida dos trabalhadores, das famílias e das pequenas e médias empresas.

Havia opções em cima da mesa: ou colocar termo a um injusto regime de benefícios fiscais ou acompanhá-los. O Governo PS preferiu a segunda e vendeu-a como uma «reforma» que na prática nada muda, mantendo todo o regime de privilégios. 

Esta é a opinião da Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), que sublinha o facto de o Governo não ter aceite nenhuma das propostas que considera necessárias para relançar a economia.

Os dados são do Banco de Portugal e indicam que houve um aumento do endividamento no sector não financeiro. Público, empresas privadas e particulares, juntos, registam aumento de 1,6 mil milhões de euros de dívida. 

A CPPME considera que, embora positiva, a medida governamental de prolongar o IVA zero no preço dos produtos do cabaz alimentar até ao final do ano é insuficiente.

Os micro e pequenos empresários acusam o Governo PS de os ignorar no acompanhamento das suas dificuldades, nomeadamente em relação à tomada de medidas de combate às consequências das catástrofes.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o ministro da Economia, António Costa e Silva, defende que é preciso libertar as empresas de «constrangimentos fiscais» para se poder aumentar salários. 

O grande grupo económico Pluris Investments recebeu 40 milhões de euros do Banco Português de Fomento, 52% do total atribuído pelo Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência. Em sentido contrário estão as Micro Pequenas e Médias Empresas que ainda só receberam 25 milhões de euros de tudo o que lhes estava prometido. 

Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) conclui que quanto maior a cobertura de trabalhadores abrangidos por acordos colectivos, menos diferenças salariais existem.

Justiça, Administração Pública e fiscalidade são as três áreas-chave para aplicação de «reformas estruturais», segundo as confederações patronais, que rejeitam metas para o aumento do salário mínimo.  

Tentam contrapor o insuficiente pagamento do adicional de internet e de electricidade, que lhes cabe, com a alegada poupança dos trabalhadores em deslocações e refeições fora de casa. 

Não é o aumento dos salários mais baixos que afecta a competitividade, defende a Intersindical, que rejeita esta forma de financiamento público das empresas.

A Confederação Portuguesa de Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) apresentou ao Governo propostas urgentes para que este tecido fundamental da economia portuguesa não sucumba perante a crise.

A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) apresentou ao Governo um plano de 21 propostas para salvar o tecido empresarial crucial para a economia do País.