No dia 21 de Março, os trabalhadores do sector social (que inclui as IPSS, Misericórdias e Mutualidades) vão estar em greve para exigir o respeito pela contratação colectiva; a integração na esfera do Estado; melhores condições de vida e aumentos salariais de 15%, num mínimo de 150 euros. Esta acção de luta, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN), é uma resposta directa à continuada deterioração das condições laborais e ao desrespeito pelos direitos fundamentais dos profissionais do sector.
Pelas 14h30h, trabalhadores grevistas de diversos pontos do País vão concentar-se em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, para chamar a atenção para as suas reivindicações e pressionar o Governo a tomar medidas concretas que assegurem a dignidade e o reconhecimento pelo seu trabalho.
Os trabalhadores do sector social têm sido sujeitos «a um ataque desenfreado aos seus direitos e a uma política de baixos salários que os remete para um empobrecimento crónico». O Estado, através de sucessivos Governos PS e PSD, demite-se das suas funções ao desenvolver Acordos de Cooperação com as entidades do sector social sem nunca garantir que parte das verbas atribuídas reverta para o aumentos dos salários dos trabalhadores.
A FNSTFPS considera que o Estado tem o dever de exercer o seu papel fiscalizador e regulador, impondo direitos laborais no sector e exigindo o cumprimento da contratação colectiva em todas as instituições com as quais celebra contratos de cooperação.
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