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CESP: mais de 27 mil trabalhadores do comércio subscrevem encerramento aos Domingos

O CESP promove um debate sobre as consequências dos horários desregulados no dia 15, às 11h, no Centro Comercial UBBO, com a participação do professor Carlos Neto e Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP.

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) nas comemorações do 1.º de Maio da CGTP. Lisboa, 2024 
Créditos / CESP

Está a chegar ao fim o processo de recolha de assinaturas para a Iniciativa Legislativa de Cidadãos, apoiada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN). A luta pelo encerramento do comércio e centros comerciais aos Domingos e Feriados, assim como a redução do período de funcionamento até às 22h, ultrapassou a meta legal de 20 mil assinaturas e vai ser apresentada ao Parlamento.

Entre várias personalidade do mundo civil e sindical, assim como muitos milhares de trabalhadores do sector do comércio, mais de 27 mil pessoas subscreveram a iniciativa que ainda pode ser assinada online. Em Janeiro, Márcia Barbosa, da Comissão Executiva da Direcção Nacional do CESP, salientava que a «grande maioria» dos subscritores, são «trabalhadores do sector do comércio».

Ainda sem data definida para apresentar o projecto na Assembleia da República, o CESP já está a preparar um debate público no próximo dia 15 de Maio, às 11h, sobre o «impacto dos horários desregulados na vida dos trabalhadores — pelos direitos das crianças e dos pais!». A sessão terá lugar no Centro Comercial UBBO (Amadora), junto ao colégio Rik&Rok.

Para além de vários dirigentes e activistas do CESP/CGTP, o Professor Catedrático Carlos Neto e o secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, farão parte do debate.

O Colégio Rik&Rok, do Grupo Auchan, é uma creche com um horário de funcionamento entre as 7h e as 00h30. Numa entrevista ao Diário de Notícias, o director pedagógico da Fundação Pão de Açúcar-Auchan explicou o príncipio por detrás destes horários alargados, de 17 horas diárias: «O que fizemos foi dar uma resposta aos pais, às famílias que nos procuravam, e que cada vez mais mais trabalham por turnos, em horários tardios ou ao fim.de-semana.»

Trocado por miúdos, o mercado está a reorganizar-se para encontrar uma solução que assegure a total «liberdade» para os pais trabalhadores desregularem completamente as suas vidas, para fazer face às necessidades das suas vidas. «Não queremos ter de deixar os nossos filhos na creche até à meia-noite e meia! Temos direito ao descanso em família!», defende o CESP, num comunicado enviado ao AbrilAbril.

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