A acção de protesto foi convocada pela comissão de trabalhadores do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI/UGT), que gere os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) dos bancários. A intenção de encerrar a maternidade, o bloco de partos e o serviço de neonatologia foi anunciada no mês passado e os trabalhadores lançaram uma petição que já recolheu perto de duas mil assinaturas contra a decisão.
A concentração está agendada para amanhã, às 18h, junto à entrada principal do Hospital do SAMS.
SAMS enche os bolsos à família Mello
Em declarações à Visão, João Proença, dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, afirma que «é inaceitável que, depois de um investimento tão grande que foi feito na maternidade, agora se encerre estes serviços», acusando ainda o sindicato da UGT de estar a desempenhar mais o papel de «patrão do que dos trabalhadores» e retorquindo que, «na realidade, o que se passa é que se está a entregar tudo ao grupo Mello».
A acusação parte da intenção anunciada por Rui Riso, presidente do SBSI e deputado do PS, de fechar a maternidade e transferir os futuros partos para o Hospital CUF Descobertas, do grupo Mello Saúde, estando já feito um protocolo entre ambas as partes. Os funcionários repudiam a decisão e afirmam estar incertos quanto à manutenção dos seus empregos, que o próprio Rui Riso admite quando diz que «haverá quatro ou cinco profissionais que poderão ter de ir embora».
Em comunicado, a comissão de trabalhadores denuncia que o protocolo negociado pela direcção do SBSI com o grupo Mello Saúde inclui a transferência dos profissionais de saúde para a unidade privada, mas vai continuar a ser o SAMS a assegurar o pagamento dos seus salários.
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