As afirmações estão num comunicado conjunto da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN).
Com as reuniões negociais ainda em curso até amanhã, os sindicatos exigem a apresentação de uma nova proposta do Governo, tendo em conta que a actual não assume os compromissos assumidos e é «uma alteração pontual, para pior, à actual carreira de enfermagem».
No documento, a frente sindical afirma que o Governo insiste numa «operação de cosmética atentatória da dignidade dos enfermeiros», visto que a proposta mantém quase tudo na mesma. A única excepção é o suplemento remuneratório atribuído aos enfermeiros especialistas, que a tutela quer fixar nos 150 euros, quando antes assumiu que o valor era transitório até à alteração da carreira.
Os enfermeiros têm greve nacional marcada para 20 e 21 de Setembro, com os sindicatos a afirmar que vão manter o pré-aviso, caso o Governo insista e não apresente uma nova proposta que contemple as reivindicações.
As estruturas sindicais exigem a existência de um instrumento legal que regule o desenvolvimento profissional e salarial dos enfermeiros, aplicado a todas as instituições do sector público, de igual modo, independentemente do contexto, como também a valorização salarial de toda a grelha e a definição das condições de acesso à mesma, às categorias, aos princípios de avaliação e às especifidades dos concursos.
As 35 horas de trabalho semanais para todos, o aprofundamento e valorização dos enfermeiros especialistas, a consagração da categoria de enfermeiro director/gestor e a inclusão de medidas compensatórias da penosidade da profissão, como o trabalho por turnos, são outras reivindicações.
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