Em comunicado, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN) alerta para o facto de serem «contraditórias» as razões que estão na origem da falta de componentes destinados ao sector automóvel, à electrónica de consumo e à produção de material eléctrico. «Os motivos do problema vão desde dificuldades de abastecimento à especulação dos preços pelos grandes fornecedores», afirma.
Depois da Autoeuropa, também a PSA de Mangualde e a Bosch de Braga já interromperam a produção ligada ao automóvel devido à escassez de semi-condutores.
Contudo, a estrutura sindical defende que as medidas de resposta não podem recair sobre os trabalhadores, seja por via do recurso ao lay-off, que penaliza os salários e o orçamento da Segurança Social, seja pelo aproveitamento que o patronato procura fazer, para recusar aumentos de salários.
A Fiequimetal considera ainda que as perturbações no fornecimento de componentes é resultado de «uma guerra entre empresas» e que não pode ser motivo para que multinacionais como a Bosch, a Fico Cables, a Apico ou a Continental Mabor, entre outras, prejudiquem os trabalhadores, pelo que exige a intervenção do Governo.
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