Por entender que a administração precisa de uma «resposta firme», a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) decidiu propor aos trabalhadores das empresas do Grupo EDP a realização de uma jornada de luta no dia 12 deste mês, com greve e concentração, às 11h, junto da sede, onde nesse dia se realiza uma assembleia de accionistas.
«Não podemos continuar à espera da vontade fictícia de melhoria da nossa condição de vida enquanto trabalhadores», destacou a Comissão Intersindical da Fiequimetal (em que se incluem SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte), ao divulgar a decisão aos trabalhadores.
Na primeira reunião sobre as matérias pendentes (após a parte patronal ter dado por encerrada a negociação salarial para 2023), a Comissão Negociadora da Fiequimetal relembrou que a sua proposta concreta de progressões nas carreiras foi entregue à administração já em 2021.
«Seria expectável que a administração da EDP já tivesse uma contraproposta para apresentar, passados praticamente dois anos», afirma comissão intersindical no documento aos trabalhadores.
«Em vez disso, a administração resolveu acrescentar novas matérias, numa tentativa de negociar» aquilo que está plasmado no Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), mas não está a ser cumprido, nomeadamente sobre reformas e pré-reformas.
A administração já tinha convocado uma reunião de comissão paritária, onde – denunciam os sindicatos da Fiequimetal – «não fez mais do que bater o pé», tentando forçar que fosse aceite a sua interpretação desta matéria. Acabou por propor a negociação, em vez de respeitar o ACT que negociou, explicam.
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