A luta destes trabalhadores arrancou no dia 20 de Janeiro com uma greve ao trabalho suplementar por tempo indeterminado. A partir de hoje e até sexta-feira (21), haverá paralisações diárias de três horas e meia nos matadouros das ilhas de Santa Maria, São Miguel, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo.
Na Ilha Terceira, onde decorre o primeiro de três dias de greve (até 19 de Fevereiro), o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA/CGTP-IN) salienta numa nota à imprensa que o matadouro está encerrado.
Na base das reivindicações dos cerca de 300 trabalhadores dos matadouros públicos da Região Autónoma dos Açores está a reposição da carreira específica, que vigorou na região até 2008.
Na proposta apresentada em Setembro ao secretário regional da Agricultura e Florestas, o sindicato defendia que «fosse contado o tempo desde que a carreira foi extinta para efeitos de colocação no índice adequado a partir da data de entrada em vigor da presente carreira», sublinhando que os Açores são a única região do País onde existem matadouros públicos.
Da reunião saiu uma espécie de luz verde, com o secretário regional a prometer o envio de uma contraproposta até final de Novembro. «Nessa reunião ficou ainda acordado tudo fazer para criar condições de modo a chegar a um acordo até ao final» de 2019, revelou então o STFPSSRA.
No entanto, em Dezembro o sindicato foi surpreendido com uma mudança de posição do Governo regional, tendo deixado a promessa de tudo fazer «para que seja feita justiça a estes trabalhadores, tendo em conta o regime excepcional em que exercem a sua actividade nos matadouros da região».
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