A manifestação de hoje, promovida pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), ocorreu parelelamente à cerimónia de encerramento da formação de cerca de 400 novos guardas prisionais, na qual participou o primeiro-ministro, António Costa.
Os guardas prisionais dão continuidade à contestação, que dura desde o ano passado, contra o novo horário de trabalho imposto e a falta de meios nos estabelecimentos prisionais. As declarações do Director-Geral dos Serviços Prisionais, Celso Manata, são também repudiadas pelos guardas, que acusam este de ter uma atitude «repressiva e ditadora».
Jorge Alves, presidente do SNCGP, em declarações à SIC, afirmou que os recentes reforços continuam a ser insuficientes, pois, «além destes que entraram, são precisos mais 600 para substituir os que se vão aposentar, e mais 500 para preencher o mapa que a direcção e o ministério apresentaram para o orçamento do Estado de 2018».
Sobre o novo horário, o dirigente afirma não compreender a posição da ministra da Justiça, que acusa de «não ter coerência». «Não compreendemos porque se disponibiliza para discutir o novo horário e porque é que este tem de estar em vigor, depois de dizer que este tem erros e que está a provocar problemas graves na segurança dos estabelecimentos prisionais e no psicológico e no físico dos profissionais», reiterou.
Segundo uma nota do gabinete da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, que também esteve presente na cerimónia, o curso de formação envolveu 400 formandos, o equivalente a 10% do efectivo de guardas prisionais e teve a duração de nove meses. Um total de 386 guardas concluíram o curso.
Este é o segundo protesto que o sindicato promove em menos de um mês, depois de, a 27 de Março, ter realizado uma vigília junto à residência oficial do primeiro-ministro.
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