A greve dos trabalhadores da Randstad, organizada por vários sindicatos e alargada a todos os trabalhadores da empresa, decorreu de 25 a 26 de Dezembro, e deverá ser retomada entre 31 de Dezembro e 2 de Janeiro.
A paralisação nos call centers – da EDP, Vodafone, PT/Meo, Nos –foi mobilizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) e o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN).
Em causa está a precariedade constante e o facto de a Randstad pagar o mínimo possível à maioria dos trabalhadores, mesmo contando com 586 mil euros de lucro – denuncia o SIESI –, tendo só aumentado o salário em 1 euro em 2016 e recuado recentemente no aumento 0,50 euros no subsídio de alimentação. A recusa da empresa em organizar uma escala aos feriados é também apontada pelo SNTCT.
Além disso, os trabalhadores exigem o fim da instabilidade e da pressão a que são sujeitos diariamente, o fim das ameaças e tentativas de extinção/deslocalização de postos de trabalho, bem como o fim do recurso a empresas de prestação de serviços para funções essenciais à actividade e obrigações das empresas, feito há décadas, exigindo a respectiva integração nos quadros.
Em declarações à agência Lusa, citadas pelo Público, Ana Romão, dirigente do SIESI, apontou que a adesão «continua em 90%», e Vítor Narciso, dirigente do SNTCT, indicou que «a adesão a esta greve subiu e está em 55%».
Vítor Narciso destacou como «muito positiva» a adesão e a «resposta dos trabalhadores a esta falta de resposta por parte da empresa para negociar contractos coletivos e para passar os trabalhadores para o quadro».
Os sindicatos apontam o dedo à «falta de vontade por parte da Randstad» e «exigem igualmente o fim da coacção e do assédio aos trabalhadores antes e depois da realização das greves».
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