Apesar das limitações impostas pelo Governo, por via de despachos emitidos conjuntamente pelos ministros do Trabalho e da Economia que, segundo fonte sindical, violam o direito constitucional de greve, houve uma forte adesão dos trabalhadores a este protesto.
Em consequência desta elevada adesão, a produção tem vindo a diminuir e algumas unidades já estão paradas, enquanto os parques de abastecimento de combustíveis da área norte (Porto) e de Sines estão fechados, bem como estão paralisados os terminais petrolíferos e o fornecimento de vagões-tanque, na refinaria de Sines.
Os trabalhadores protestam em defesa da contratação colectiva e contra a «destruição» dos direitos sociais conquistados, nomeadamente dos regimes de assistência na saúde e dos complementos de reforma.
Combatem ainda a desregulamentação e o aumento dos horários, incluindo o combate ao «banco de horas» que visa, segundo fonte sindical, «pôr os trabalhadores a trabalhar mais e a receber menos salário». Os trabalhadores também lutam pela melhoria dos salários e da distribuição da riqueza produzida.
A Fiequimetal/CGTP-IN realizou esta manhã uma reunião no Ministério do Trabalho, com a presença do Secretário de Estado do Emprego, onde se concluiu a necessidade de prosseguir os esforços no sentido de encontrar soluções para resolver o conflito.
Uma vez que o Ministério vai promover novas reuniões nos próximos dias, foi suspensa, por agora, a vigília de dirigentes sindicais e outros representantes dos trabalhadores da Petrogal que estava prevista realizar-se de hoje a quarta-feira e que tinha como objectivo exigir do Governo «o cumprimento dos direitos legais e constitucionais de negociação e de contratação colectiva na Petrogal e, por outro lado, o respeito pelo princípio constitucional do pleno exercício do direito de greve, abstendo-se de emitir despachos anti-greve».
Após terminar a greve que está a decorrer, a Comissão Sindical Negociadora anunciará novas acções de protesto.
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