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Trabalhadores do Porto empobrecem a trabalhar

Salário mínimo não chega para sobreviver

Há trabalhadores no Porto que, apesar de receberem o salário mínimo nacional, precisam do apoio de instituições de solidariedade porque o ordenado que recebem não é suficiente para sobreviver.

Os trabalhadores reclamam o pagamento imediato de metade do vencimento relativo ao mês de Fevereiro
Créditos / portopatrimoniomundial.com

O alerta foi dado esta segunda-feira pelos eleitos do PCP pelo círculo do Porto à Assembleia da República. Numa visita à instituição de solidariedade Serviço de Assistência Organizações de Maria (SAOM), no centro histórico da Invicta, Diana Ferreira atestou que «continua a haver, efectivamente, situações muito preocupantes de pobreza, no nosso país e no Porto essas situações persistem naturalmente».

Situações de pobreza que, descreve a deputada comunista, «vão sendo auxiliadas em situações de emergência e acauteladas por instituições como a SAOM, mas que não nos podem retirar o foco da necessária intervenção de fundo que é necessário fazer neste patamar».

Porque o salário mínino nacional (SMN) que recebem não chega para suportar o conjunto de despesas a que têm de fazer face, estes trabalhadores vêem-se obrigados a bater à porta das instituições de solidariedade social. 

Diana Ferreira frisa, porém, que embora estas desempenhem uma actividade «meritória», há que atender a questões de fundo como o aumento do SMN e a necessidade de «uma política de criação de emprego com direitos e de valorização dos salários». Caso contrário, admite, «perpetuam-se» os problemas sociais.   

Por sua vez, o deputado comunista Jorge Machado destacou a falta de habitação e a especulação imobiliária em torno do turismo no centro histórico, que, para além de perpetuarem a pobreza, especialmente entre os idosos, ajudam a descaracterizar a cidade.

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