Com mais de 1100 trabalhadores, a Sumol+Compal, empresa líder em Portugal de bebidas não alcoólicas com 16 marcas, alimenta um sonho: «fazer de cada dia uma oportunidade para tornar a vida mais saborosa». Com o aumento do custo de vida, esse sonho não se aplica a quem assegura as operações da empresa, a quem a empresa apresentou recentemente uma proposta de aumentos que chegaria aos 920 euros mensais.
Ao AbrilAbril, Filipe Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), descreveu o longo processo de contestação que atinge as unidades fabris da Sumol+Compal em Almeirim e Pombal. Após «uma ampla auscultação aos trabalhadores sobre a carta reivindicativa» que começou em Dezembro de 2024, o sindicato fez chegar as posições das forças laborais à administração da empresa.
Posições essas que foram amplamente ignoradas pelo patronato da Sumol+Compal, que recentemente anunciou um aumento generalizado dos salários que os trabalhadores consideram «discriminatório». A proposta, consideram, não tem «em conta as funções e categorias», aplicando a um universo muito distinto de especializações um critério universal.
A oposição expressou-se rapidamente, desde logo com a realização de um abaixo-assinado em que se reafirmaram as exigências que foram decididas para o Caderno Reivindicativo para 2025. Ao longo dos mês de Março, o SINTAB voltou a reunir os trabalhadores em plenário e a decisão foi a de avançar com uma greve nos dias 9 e 10 de Abril.
Entre as reivindicações desta acção de luta destaca-se o aumento salarial de 150 euros, a actualização do subsídio de alimentação dos actuais 7,5 euros para os 10,20 e do subsídio de turno, os 25 dias de férias, a implementação de diuturnidades (com 6 escalões de 5 anos cada) e o garantir do príncipio da «igualdade salarial para mulheres e homens no que respeita a trabalho igual e trabalho igual».
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