Após o adiamento em quase um mês da reunião plenária agendada para 19 de Abril, a administração da EDP volta a falhar com os seus compromissos ao não apresentar qualquer proposta concreta até à reunião de 17 de Maio, agendada pelos próprios. «Para piorar a situação, surgem novas ameaças aos trabalhadores e reformados» a que o patronato não dá resposta.
A administração da EDP, «empresa com milhares de milhões de euros de lucros acumulados nos últimos anos», não mostra vontade de valorizar as carreiras profissionais, denuncia a federação sindical. Por entender que a administração precisa de uma «resposta firme», a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) decidiu propor aos trabalhadores das empresas do Grupo EDP a realização de uma jornada de luta no dia 12 deste mês, com greve e concentração, às 11h, junto da sede, onde nesse dia se realiza uma assembleia de accionistas. «Não podemos continuar à espera da vontade fictícia de melhoria da nossa condição de vida enquanto trabalhadores», destacou a Comissão Intersindical da Fiequimetal (em que se incluem SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte), ao divulgar a decisão aos trabalhadores. Na primeira reunião sobre as matérias pendentes (após a parte patronal ter dado por encerrada a negociação salarial para 2023), a Comissão Negociadora da Fiequimetal relembrou que a sua proposta concreta de progressões nas carreiras foi entregue à administração já em 2021. «Seria expectável que a administração da EDP já tivesse uma contraproposta para apresentar, passados praticamente dois anos», afirma comissão intersindical no documento aos trabalhadores. «Em vez disso, a administração resolveu acrescentar novas matérias, numa tentativa de negociar» aquilo que está plasmado no Acordo Colectivo de Trabalho (ACT), mas não está a ser cumprido, nomeadamente sobre reformas e pré-reformas. A administração já tinha convocado uma reunião de comissão paritária, onde – denunciam os sindicatos da Fiequimetal – «não fez mais do que bater o pé», tentando forçar que fosse aceite a sua interpretação desta matéria. Acabou por propor a negociação, em vez de respeitar o ACT que negociou, explicam. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Fiequimetal propõe «resposta firme» à EDP no dia 12
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Comprova-se aquilo para o qual a Comissão Intersindical da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) na EDP (em que se participam os sindicatos SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte): «só através da luta será possível forçar a administração a ceder».
«As carreiras devem ser encurtadas no tempo e as progressões devem ser mais rápidas, por forma a valorizar e motivar os trabalhadores, e também para reter o conhecimento na empresa», defende a Fiequimetal.
De igual forma, os sindicatos consideram indispensável abordar, durante as negociações, o tema das pré-reformas e reformas. «A idade normal ou legal de reforma é a que é decretada pelo Governo e tudo o resto são antecipações, penalizadas ou não, mas sempre facultativas», como tal, «a administração da EDP não pode forçar os trabalhadores a reformarem-se mais cedo».
Esta postura negocial está em total contradição com a imagem de top employer que a administração «tanto apregoa». As organizações que compõe a comissão intersindical renovam ainda o apelo para que os trabalhadores das empresas do Grupo EDP «subscrevam o abaixo-assinado pela redução do tempo de progressão e pela valorização das carreiras na empresa».
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