A decisão, anunciada ontem, foi tomada num plenário em que os trabalhadores afirmaram a sua disponibilidade para lutar pelos postos de trabalho, disse à agência Lusa fonte da Comissão de Trabalhadores (CT) da Efacec.
Tal como o AbrilAbril noticiou, apesar de a empresa ter assumido no Parlamento que não ia despedir, anunciou na última quinta-feira um despedimento colectivo de 21 funcionários, entre os quais vários membros da CT.
A decisão surge depois de vários protestos e até de uma greve em Março, contra os despedimentos encapotados e as chamadas «listas», com nomes de trabalhadores escolhidos para «rescindir contrato», num clima de medo e repressálias.
No mês de Março, a Efacec Energia chegou a um acordo com 28 trabalhadores «que aceitaram as condições propostas pela empresa e que envolviam soluções de mobilidade e rescisões por mútuo acordo». Outros 11, adiantou a empresa, «aceitaram novas funções no âmbito da mobilidade interna», enquanto «17 optaram pelo plano social de rescisão proposto».
Relativamente ao despedimento colectivo em curso, a Efacec afirmou tratar-se de «uma situação muito concreta, sem qualquer impacto em outra unidade organizacional» do grupo, mas os trabalhadores temem pela segurança dos postos de trabalho.
Além da paralisação a 23 de Maio, entre as 9h e as 11h, e entre as 17h e as 19h, decidiram ainda suspender as negociações salariais que estavam a decorrer, assumindo o risco de poderem não ter qualquer aumento salarial, disse à Lusa fonte da CT.
De acordo com dados da CT, a administração da Efacec requereu em finais de 2013 o estatuto de «empresa em reestruturação» e, em Janeiro de 2017, apresentou um pedido de extensão desta medida para o triénio 2017/19, que foi autorizado pelo Governo, no qual se previa a rescisão de contrato por mútuo acordo de 118 contratos de trabalho na Efacec Energia e mais 291 na Efacec Engenharia, num total de 409 postos de trabalho.
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