No seguimento do anúncio da administração da Teleperformance Portugal sobre uma «revisão da estrutura salarial», os trabalhadores expressaram o seu descontentamento e indignação através de plenários online organizados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) em 7 de fevereiro. Os plenários, que reuniram quase 500 participantes, deixaram claro que os trabalhadores não estão dispostos a serem «roubados».
As queixas dos trabalhadores incluem a imposição de «kpi's» (indicadores-chave de desempenho) impossíveis de atingir, acumulação de várias funções sem formação adequada ou compensação justa, além de salários base que muitas vezes permanecem no salário mínimo ou em valores muito próximos. A situação se agrava com a anunciada «reestruturação», que, na prática, representa cortes nos prémios de campanha, bónus de língua, entre outros, visando aumentar os lucros dos administradores e accionistas.
Em resposta a essas condições, o SINTTAV convocou uma greve para o dia 26 de Fevereiro, abrangendo todos os trabalhadores de todos os projectos da Teleperformance Portugal, independentemente de estarem em trabalho presencial, híbrido ou em teletrabalho. Além disso, foi convocada uma concentração de trabalhadores em frente ao edifício City, em Entrecampos, a partir das 14 horas do mesmo dia.
O sindicato emitiu um comunicado declarando: «Teleperformance! Estamos fartos de sermos explorados! Exigimos progressão salarial compatível com nossa antiguidade, o aumento do custo de vida e os lucros da empresa! Exigimos o fim dos cortes unilaterais nos nossos prémios! Exigimos a possibilidade de quem queira, manter o pagamento do subsídio de alimentação no recibo de vencimento!».
Os trabalhadores unem-se para protestar contra as práticas da empresa e reivindicar condições laborais mais justas e dignas. O SINTTAV, enquanto representante dos trabalhadores, destaca a importância da ação conjunta para enfrentar as injustiças na Teleperformance Portugal.
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