Não são novas as reivindicações do sector e isso é reconhecido pelas estruturas sindicais afectas aos transportes. Prova disso é o comunicado da FECTRANS com o título «(Re)apresentadas as reivindicações», onde é dada a nota que diversos trabalhadores e organizações aprovaram uma resolução que exige a reabertura e continuação dos processos negociais e uma reunião conjunta com os Ministros das Finanças, das Infraestruturas e do Ambiente.
A resolução que após ter sido aprovada foi entregue na residência oficial do primeiro-ministro pode-se ler que «os trabalhadores das empresas públicas de transportes reivindicam o um aumento dos salários, que reponha o poder de compra e dignifique as profissões que têm vindo a ser desvalorizadas ao longos dos anos por as actualizações salariais não terem acompanhado o crescimento do SMN – Salário Mínimo Nacional».
De acordo com o documento, a desvalorização salarial tem levado a uma fuga dos trabalhadores para outros sectores e empresas, algo que tem colocado graves dificuldades de recrutamento e afecta a qualidade dos serviços prestados. Partindo das declarações do Primeiro-Ministro, que recentemente se contradisse e já assume que são necessários aumentos salariais, os trabalhadores, analisando o brutal aumento de custo de vida, intensificam a reivindicação de melhores salários.
Assim, na resolução os trabalhadores exigem a reabertura dos processos de negociação na CP, Grupo IP, TRANSTEJO e SOFLUSA a continuação no Metro de Lisboa, com vista à valorização dos salários que reponha o poder de compra e que valorize as profissões que cada vez são mais de Salário Mínimo Nacional e pediram uma reunião conjunta com os Ministros das Finanças, das Infraestruturas e do Ambiente e Acção Climática, em quem o Primeiro Ministro delegou que a resposta ao pedido de reunião.
No próximo dia 14 de Abril haverá uma reunião de dirigentes e delegados sindicais e de membros das Comissões de Trabalhadores, das organizações subscritoras da resolução, a fim de analisar o desenvolvimento dos processos em cada empresa e decidir novas acções comuns.
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