No final do plenário realizado ontem, convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN), foi divulgado um comunicado em que os trabalhadores exigem «sinais positivos» do Ministério da Cultura e do Governo, e medidas para resolver os seus problemas por parte do conselho de administração da empresa pública que integra o Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e a Companhia Nacional de Bailado (CNB).
Face à falta de resposta ao caderno reivindicativo aprovado em Novembro passado, os trabalhadores decidiram tornar pública a situação de estrangulamento financeiro e as suas consequências na Opart.
Para além da persistência de casos de precariedade laboral, de «atribuição de tarefas que extrapolam os conteúdos funcionais» de cada carreira e da falta de pessoal, os trabalhadores exigem aumentos e o fim das discriminações salariais «entre departamentos e categorias idênticas».
Depois, acrescentam no comunicado, há problemas que se mantêm há décadas, como a necessidade de se encontrar uma sala de ensaios para a Orquestra Sinfónica Portuguesa, que utiliza o TNSC há 26 anos, e o estatuto do bailarino da CNB, há 27 anos por aprovar.
Os trabalhadores decidiram, no plenário de ontem, programar acções de protesto para o Festival ao Largo, que decorre em Julho no Largo de São Carlos, em Lisboa, solicitar uma reunião com o Ministério da Cultura e participar na manifestação do 1.º de Maio.
Dizem-se disponíveis para «chegar a um entendimento em que o objectivo final é só um, devolver ao público "o seu São Carlos" e "a sua CNB"». «E, porque o Opart cumpre um serviço público, cabe também ao público demonstrar o seu apoio à luta dos trabalhadores da empresa. Falamos de direitos laborais, sim, mas falamos também de devolver ao País um teatro de ópera e lírico, e uma companhia de bailado robustos e que engrandeçam os nossos criadores e intérpretes», concluem.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui