O balanço de um ano na vida do Iémen em 2017 exige que tenhamos em atenção alguns factos, pelo menos desde a criação da actual República do Iémen, em 1990, em resultado da unificação entre a República Árabe do Iémen (ou Iémen do Norte) e a República Democrática do Iémen (ou Iémen do Sul).
A República Árabe do Iémen tinha-se tornado independente do Império Otomano em Novembro de 1918, depois da derrota deste na 1.ª Guerra, e a República Democrática do Iémen alcançou a independência do Reino Unido a 30 de Novembro de 1967. A ilha de Socotorá, localizada estrategicamente na entrada do golfo de Áden, foi incorporada no território iemenita em 1967.
O Iémen é um país de receitas escassas, altamente dependente da exportação de reduzidas quantidades de petróleo que consegue extrair das suas reservas, responsável por 25% do produto interno bruto e 70% das receitas do Estado. É o país mais pobre do Médio Oriente. A agricultura beneficia de ser a única na região da Península Arábica com chuvas regulares.
O país procurou contornar os efeitos do declínio das reservas acessíveis e diversificar a economia, a partir de um programa de reformas iniciado em 2006 destinado a sectores não-petrolíferos e à atracção de investimentos estrangeiros. Em Outubro de 2009, o país exportou pela primeira vez gás natural liquefeito, como primeiro resultado deste programa de diversificação, mas sem resultados substanciais, e o Fundo Monetário Internacional aprovou um programa de «ajuda» ao país de 370 milhões de dólares em três anos que não teve qualquer reflexo nas condições de vida do povo, antes aumentou o seu endividamento O país continua a enfrentar a escassez de água e o elevado crescimento populacional. A expulsão de mais de um milhão de trabalhadores iemenitas da Arábia Saudita durante a Guerra do Golfo, em 1990, teve como consequência um ainda mais acentuado declínio económico.
Em 2011, o presidente Ali Abdullah Saleh foi deposto e o poder entregue ao vice-presidente Abdrabbuh Mansur Hadi, que já tinha sido antes eleito numa eleição a que só ele concorreu. O seu mandato foi desastroso. Quando os rebeldes Houthis conquistaram a capital Sanaa, em 2014, o presidente Abdrabbuh Mansur Hadi fugiu para a Arábia Saudita.
«O Iémen é o país mais pobre do Médio Oriente.»
A guerra civil iemenita começou em 2015 entre dois campos que reclamavam o governo iemenita. Soldados Houthis, aliados a forças leais ao ex-presidente, entraram em confronto com forças leais ao governo de Abdrabbuh Mansur Hadi. Uma coligação liderada pela Arábia Saudita lançou operações militares contra os Houthis, com o apoio dos EUA. Apesar de os rebeldes Houthis constituírem quase um terço do Iémen e terem governado o país durante séculos. Desde o início das hostilidades, os Houthis avançaram para o Sul do Iémen defrontando os constantes bombardeamentos da Arábia Saudita e seus aliados, do que resultou uma dramática crise humanitária. Milhares de pessoas foram mortas, muitas delas civis. Outros milhares foram forçados a deixar as suas casas e continuam, desesperadamente, a tentar encontrar comida e água potável.
Em Novembro passado, Saleh – que se tinha mantido no poder durante décadas, aliando-se com quem fosse preciso para garantir a continuidade do seu poder pessoal – separou-se dos Houthis e aproximou-se da Arábia Saudita. As suas forças impediram os Houthis de participarem numa cerimónia numa mesquita e desencadearam outras hostilidades. Saleh acabaria por ser morto quando fugia, com a família e os colaboradores mais fiéis, para Arábia Saudita.
Estes acontecimentos tornaram muito instável a situação em Sanaa.
O número de mortos nos confrontos na semana seguinte na capital do Iémen, Sanaa, aumentou para cerca de 250 pessoas, enquanto outras cerca de 400 ficaram feridas, incluindo 383 feridos graves, disse então o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para o Médio Oriente. «As nossas equipes do CICV agora estão a fazer tudo o que podem para fornecer hospitais com medicamentos, materiais cirúrgicos e combustível», disse Robert Mardini, director regional do CICV. Essas carências resultam dos bombardeamentos sauditas.
Moscovo, entretanto, decidiu suspender a sua presença diplomática no Iémen «devido à situação em Sanaa», ficando com parte da missão a funcionar temporariamente nas suas instalações diplomáticas em Riade. E espera que os actores regionais e internacionais usem a influência que têm sobre as partes no conflito do Iémen para as persuadir a impedir a violência e acabar com as hostilidades através de meios políticos.
A princesa Dibajah e a história trágica que se repete
Durante milhares de anos, Sanaa foi a capital real da «Arabia Felix», o nome dado pelos romanos antigos a este fértil e produtivo Sudoeste da Península Arábica. Sanaa foi, segundo a lenda, fundada pelo filho de Noé, e a história subsequente tornou-a num centro político e comercial urbano, refinado, sinónimo de luxo e sofisticação.
Mas existe uma história medieval de uma antiga princesa himyarita muito interessante. Um historiador iemenita de então, Al-Hamdani, escreveu sobre Dibajah, a filha de Nawf dhu-Shaqaibn-dhi-Murathid, que ela se fechou na sua torre para morrer. O seu epitáfio ficou escrito num prato de ouro: «Durante uma fome, ordenei que o meu escravo me comprasse com um alqueire de pérolas um alqueire de farinha, mas ele não o conseguiu.» Se o nome dela ecoa ao longo dos séculos, a situação descrita é muito semelhante à realidade do Iémen de hoje: não há água, comida ou remédios, a troco seja de que quantidade de dinheiro for.
Até há alguns anos, antes de a guerra começar, era ainda possível testemunhar o esplendor de Sanaa. Mas a guerra a todos acabou por nivelar na pobreza. Porque, depois dela, simplesmente não há alimentos, água limpa ou medicamentos para comprar, uma vez que os embarques comerciais foram bloqueados há meses e a entrega de ajuda foi bloqueada intencionalmente pela Arábia Saudita. Os destinos de Sanaa e das cidades do Norte, ricas ou pobres, passaram a estar unidos pela sua situação desesperada.
Uma das maiores crises de fome de saúde pública de todo o mundo
No Iémen estão a concentrar-se as maiores crises de fome de saúde pública de todo o mundo, sem qualquer auxílio à capital, Sanaa, e ao Norte, bloqueado pelo encerramento do aeroporto e do porto mais próximo, al-Hodeidah. O aeroporto de Sanaa foi fechado a todos os voos, excepto aos de ajuda em Agosto de 2016 e até mesmo a estes o mesmo aconteceu, neste ano de 2017, com o renovado bloqueio da Arábia Saudita a pretexto do míssil Houthi (Al-Ansar) disparado na direcção de Riade. E isto apesar de vários apelos da ONU para que isso não acontecesse. Entendeu nessa a altura a coligação da Arábia Saudita atingir a torre de navegação aérea do aeroporto de Sanaa, eliminando a possibilidade de qualquer trânsito de ajuda, com a excepção parcial da atitude valente de alguns pilotos que confiaram apenas na sua visão, atendendo a que as pistas e o terminal ainda estão intactos. Al-Hodeidah, o porto do Mar Vermelho com a rota mais próxima e directa para a capital do Iémen, Sanaa, situada a cerca de 150 km mas a mais de 2000 metros de altitude, foi «reaberto» com pompa e circunstância, mas ainda nenhum navio de auxílio recebeu permissão para carregar e descarregar as suas cargas. Os grupos de ajuda internacional, para a maioria dos milhões de habitantes do Iémen, são a única esperança de alimentos, água limpa, remédios e outras coisas essenciais para a sua vida.
Os responsáveis por esta situação
Os responsáveis são em primeiro lugar a Arábia Saudita e os EUA, que têm bombardeado o país, mas a Inglaterra e a França também têm colaborado.
Os revolucionários Houthis, da causa Al-Ansar, conseguem abastecer-se através de pontos de acesso fortemente vigiados ao longo de quase 4000 quilómetros de costa. Mas o bloqueio do aeroporto de Al-Hodeidah de Sanaa deixa as zonas mais populosas do Iémen sem alimentos, água, remédios e combustível. Centenas de pessoas morrem todos diariamente como resultado directo do bloqueio.
Para a maior parte do mundo, Sanaa está no patamar da próxima tragédia global, juntando-se a passos largos às fomes assassinas no Darfur, do Sudão, e no sertão da Somália. Estão num canto do terceiro mundo em que poucos se arriscam, e em que muitos os retiraram da sua consciência, pela distância a que estão, esquecendo-a.
A Arábia Saudita
A Arábia Saudita quer um Iémen dirigido por «fantoches» que aceitem fazer a sua política, para dominarem um ponto estratégico de circulação comercial entre o Mar Vermelho e o Índico.
O bloqueio que impõem ao Iémen ou é levantado ou é imperativo moral das agências de ajuda e dos pilotos desafiarem a sentença de morte imposta pelos sauditas. Será que os sauditas vão derrubar um avião com ajuda? Esperamos que tais cenários sombrios permaneçam no campo das hipóteses, mas todos os dias as necessidades de milhões superam em muito as afirmações cruéis do príncipe herdeiro saudita.
O então ministro da Defesa da Arábia Saudita, o príncipe Mohammed bin Salman, hoje o senhor todo-poderoso do reino alauita, deu em Maio «uma visão positiva da guerra no Iémen» (New York Times, 2 de Maio de 2017). Disse que acreditava que as forças sauditas podiam rapidamente acabar com os rebeldes Houthis, mas, para não pôr em perigo as tropas sauditas, a coligação estava à espera que os rebeldes se cansassem.
Mesmo que, na altura, o porto de Al-Hodeidah fosse poupado, os níveis reduzidos de importação de alimentos e combustíveis resultantes do bloqueio naval imposto pelos sauditas colocavam o preço dos bens necessários muito além do alcance dos mais pobres. A Arábia Saudita sabia que «o tempo estava do seu lado», e com ataques aéreos mortais deslocou-os para as áreas onde a insegurança alimentar era a mais alta.
Os refugiados de três países do Norte da África, onde o conflito também ameaçava impor uma fome terrível, encontraram o Iémen no caminho para escaparem do continente africano. Fugiram do conflito e da fome e ficaram presos na pior das tragédias deste ano terrível.
«A Arábia Saudita quer um Iémen dirigido por "fantoches" que aceitem fazer a sua política»
No mesmo dia 2 de Maio de 2017, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários publicava um sinistro detalhe das condições no Iémen, onde 17 milhões de iemenitas – cerca de 60% da população – não conseguiam aceder a alimentos. Mas a Arábia Saudita e os EUA, seus aliados, continuaram a bombardear o Iémen.
O levantamento parcial do bloqueio imposto pela coligação, decidido em Novembro, não chegou para responder ao maior drama humanitário da actualidade, alertou a ONU. Depois de Saleh ter sido morto, já no final de 2017, os bombardeamentos intensificaram-se e a Arábia Saudita prometeu um novo levantamento do bloqueio desde que fosse garantido serem… os seus aliados no Iémen a fazer a gestão das ajudas que chegassem.
Jan Egeland, que dirigia o Conselho Norueguês dos Refugiados (NRC), disse então: «Estou profundamente chocado», após uma visita de cinco dias ao Iémen. Egeland culpou por essa catástrofe os «homens com armas e o poder de capitais regionais e internacionais que minam todos os esforços para evitar uma fome totalmente evitável, bem como o colapso da saúde e os serviços educacionais para milhões de criança». Egeland e o NRC convidaram nessa altura todas as partes no conflito, incluindo a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Irão, os EUA e o Reino Unido, a negociarem um cessar-fogo.
Na semana de 10 de Julho, o The Independent publicou na seção «Vozes» o apelo de Wael Ibrahim, um trabalhador auxiliar no Iémen:
«Levará anos para restaurar quaisquer infra-estruturas, como serviços de saúde, e colocar as infraestruturas para transporte de electricidade. Precisamos que mais pessoas falem sobre o Iémen».
Desde Março de 2015, 3,2 milhões de iemenitas foram deslocados, 13 mil civis morreram ou ficaram feridos (contagem oficial da ONU), 2 milhões de crianças não puderam voltar a ter aulas nas escolas, e quase 15 milhões de pessoas – mais de metade da população – não têm acesso a cuidados médicos básicos.
Em Outubro do ano passado, uma bomba saudita atingiu um funeral em Sanaa, matando 114 pessoas (em alguns relatos, 140) e feriu 613 de 750 pessoas. E isto apenas num desses muitos massacres de civis, para além dos realizados em mercados e campos de refugiados, levando a que especialistas das Nações Unidas afirmassem que «os sauditas violaram o direito internacional, entre outros motivos, porque atacaram por duas vezes, a segunda das quais quando o funeral ainda estava cheio de feridos» do primeiro ataque, matando-os.
Os ataques aéreos sauditas destruíram escolas, hospitais e infra-estruturas vitais, como redes eléctricas e de abastecimento de água, todos crimes clássicos contra a humanidade, crimes de guerra.
A Arábia Saudita, apoiada pelos EUA e a Grã-Bretanha, tem bombardeado o Iémen, o país mais pobre da região, desde 23 de Março de 2015, sem uma resolução do Conselho de Segurança, na linha do lançamento das guerras ocidentais desde a Guerra do Kosovo de Bill Clinton de 1999 (o bombardeamento da Sérvia).
Restaurar um governo que o povo não quis?
O objectivo declarado do apoio anglo-americano ao ataque saudita foi a restauração do governo do presidente Abdrabbuh Mansur Hadi, apoiado pelos EUA, que fugiu para a Arábia Saudita sob a crescente pressão dos rebeldes Houthis, xiitas, acusados pelos Estados Unidos de serem peões do Irão.
Se o Irão não pode ajudar os Houthis no Iémen como podemos aceitar a lógica imoral do apoio a uma outra revolta (essa, em grande parte falseada) na Síria, em que este país se viu obrigado a bater-se numa autêntica guerra civil contra si promovida pelo chamado Exército Livre da Síria e as suas hordas com 80% de estrangeiros, incluindo a Al-Qaeda e o ISIS, invasores de um estado soberano, em 2011?
Bush e depois Bill Clinton, ao longo de 13 anos, depois de bombardearem as instalações de fornecimento de água do Iraque durante a Guerra do Golfo, efectivamente (e, possivelmente, deliberadamente) envenenaram a água, impedindo, com a imposição de sanções, a importação de cloro para proceder ao tratamento que a tornaria potável. Hoje sabe-se que, na sequência disso, 500 mil crianças com menos de cinco anos morreram.
O papel dos Estados Unidos
Afirmando que o Irão desestabiliza a região, contra a evidência de uma história cheia de interferências e agressões por parte dos EUA e Cia, o assessor de segurança nacional de Trump afirmou numa declaração em Janeiro: «A partir de hoje, demos um sinal de aviso ao Irão.» O Iémen é, portanto, o país infeliz, inconvenientemente colocado pela geografia entre o Irão e os objectivos ocidentais, bombardeado, assediado economicamente, com a moeda em colapso. Todas estas tácticas de guerra tão semelhantes às usadas na Idade Média feudal!...
A indústria de armamento americana e britânica beneficiou com a guerra no Iémen – assim como, sem dúvida, todos os membros da aliança da NATO. A administração Obama vendeu nos mercados de armas em todo o mundo 200 mil milhões de dólares, durante oito anos, a maior venda de armas dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial – mais de 100 mil milhões só para a Arábia Saudita. A administração Trump também se distinguiu na adesão ao reino dos sátrapas. Em Junho, o Senado dos Estados Unidos aprovou (53 votos a favor e 47 contra) a venda de armas de Trump, em Abril, de 110 mil milhões para Riade e 500 milhões em munições com guias de precisão.
O Reino Unido tem também grandes responsabilidades neste genocídio
Como no Iraque em 2003, a parceria britânica não se dispensou por causa da sua longa experiência na «gestão» de antigas colónias como o Iraque e o Iémen quando o porto de Áden era um ponto de trânsito central e crucial nos negócios do império britânico, que cobria dois terços do planeta.
Andrew Smith, da Campanha Britânica contra o Comércio de Armas (CAAT), deixou, em entrevista ao The Independent, uma proposta: «Qualquer ajuda às pessoas é bem-vinda, mas a melhor coisa que o regime saudita pode fazer ao povo do Iémen é parar com a brutal campanha de bombardeamentos que matou milhares e levou milhões ao limite da fome».
Na semana de 10 de Julho, também o The Independent publicou o apelo de Wael Ibrahim, um trabalhador auxiliar no Iémen:
«O Reino Unido vendeu 3,3 mil milhões de libras de armas para a Arábia Saudita. Neste momento, bombardeiros do Reino Unido conduzidos por militares sauditas treinados pelo Reino Unido lançam bombas britânicas no Iémen. O Reino Unido não é apenas um espectador nesta guerra, é um participante activo» nesses crimes.
Mas, em Junho, o Supremo Tribunal do Reino Unido negou um pedido da CAAT de suspensão de vendas de armas para a Arábia Saudita para uso no Iémen (aviões, helicópteros, drones, bombas de fragmentação e mísseis), apesar de dois terços do público britânico se opor às vendas de armas para a Arábia Saudita.
Ibrahim afirmou que «estas são as condições terríveis que causaram o surto de cólera no Iémen e eu deveria saber, eu vivo aqui. Há esgoto não tratado nas ruas de Sanaa. Dirigindo-se até perto do aeroporto e quase não consigo respirar por causa do mau cheiro».
A infecção de cólera, marcada por uma diarreia violenta, é causada pela ingestão de água contaminada por matéria fecal. O surto no Iémen manifestou-se pela primeira vez em Outubro de 2016, mas, entre Abril e Junho de 2017, disparou. De acordo com a Organização Mundial de Saúde das Nações Unidas, 300 mil iemenitas já estariam infectados em Julho deste ano, tendo 1500 pessoas morrido, 55% delas crianças, ficando os hospitais cheios de pessoas infectadas.
Esta situação, de uma gravidade humanitária muito grande, exige acção, o respeito pela multiplicidade étnica e pelo papel secular dos Houthis, mas, principalmente e de imediato, a reconstrução de infra-estruturas básicas, a criação de empregos remunerados e o acesso à compra de bens que têm sido impedidos de entrar no país pelo bloqueio saudita, bem como programas alimentares e de cuidados de saúde até alguma recuperação do país ser possível.
Parar os bombardeamentos, acudir, negociar a paz sem diktats da Arábia Saudita
Conversações de paz serão importantes, sem deixarem de garantir, desde já, a alimentação e os cuidados básicos de saúde, incluindo contra a cólera. E não poderão conduzir à exclusiva vontade de Riade em dominar o Iémen. O papel secular dos Houthis tem que ser consagrado e não poderá a Arábia Saudita impedir este devastado país de deixar de contar com o apoio do Irão.
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