Ao todo serão «276 filmes, divididos por nove secções e sessões especiais, que farão o alinhamento desta 18.ª edição» que pelo segundo ano consecutivo, se vai realizar durante o Verão e num período de tempo mais alargado. Significa isto que o cinema ao ar livre está de volta nesta edição, «acrescentando às salas habituais do festival – Cinema São Jorge, Culturgest, Cinema Ideal e Cinemateca Portuguesa – o Jardim Biblioteca Palácio Galveias».
De entre as secções do 18.º aniversário deste festival destaca-se a «retrospectiva da magistral obra da cineasta e poeta Sarah Maldoror, pioneira do cinema africano, ao expansivo imaginário do cinema para os mais novos no IndieJúnior». A Competição Nacional deste ano é composta por quatro longas e 19 curtas-metragens, conjugando «olhares jovens e irreverentes», com a «reconfirmação de talento» já conhecido.
A secção Novíssimos, reúne os primeiros trabalhos de jovens cineastas nacionais. «São 13 os filmes, que se incluem no universo do documentário, ficção, animação e até do cinema experimental», que participam nesta mostra.
Um evento literário internacional, com a primeira edição em 2019, que celebre a língua, os livros, a literatura, as leituras e as livrarias em Lisboa, é o desígnio da proposta apresentada pelo PCP. Dada a conhecer, ontem, pelos eleitos comunistas João Ferreira e Ana Margarida de Carvalho, a proposta será apresentada e votada esta quinta-feira, 24, na reunião da Câmara de Lisboa. Para o vereador João Ferreira, existe a «necessidade de uma política alternativa no domínio da cultura, uma outra política cultural para Lisboa», criticando o actual Executivo (PS), uma vez que tem optado por uma «política centrada nos grandes eventos de cariz mais comercial». «Uma política que tem da cultura uma visão muito associada ao entretenimento, à animação cultural, mas que abdica de um trabalho produtivo com os agentes da cultura», acrescentou. A proposta afirma-se como um «não à visão mercantilizada da cultura», salientou, elencando que o evento deverá «ir para além de um certo formato mais tradicional» e ter a «possibilidade de ter um alcance muito maior do que um festival tradicional poderá ter». Para a eleita municipal Ana Margarida de Carvalho, e autora de livros como Não se pode morar nos olhos de um gato ou Que importa a fúria do mar, «é quase bizarro que Lisboa não esteja a cumprir o seu papel de defensora da cultura», frisando que esta «é uma obrigação que a cidade tem e da qual não se pode demitir», e que «a Feira do Livro não pode ser o único evento ligado à literatura em Lisboa». A proposta não estipula uma data para a realização do evento, mas João Ferreira adiantou que «este não é um festival para ser feito no Inverno», dado o interesse de «envolver toda a cidade e retirar a literatura dos espaços comerciais, levá-la para a rua». Em termos de periodicidade, existe a vontade que seja um evento anual, com um tema diferente em cada edição, estando ainda contemplada a remuneração «de todos os escritores, animadores culturais, leitores e actores envolvidos». Para além da realização do festival, a proposta prevê «centralizar a responsabilidade da organização do evento no pelouro da Cultura, em articulação com as bibliotecas municipais e os serviços municipais que se considerem relevantes». «Providenciar as medidas necessárias de forma a promover o evento em toda a cidade, em articulação com as escolas, universidades, freguesias e outros parceiros, envolvendo a população local e garantindo uma diversidade estética, diferenciação de géneros e distintos públicos», é outro dos objectivos enunciados pelos comunistas. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Cultura|
«Lisboa Cinco L», um festival dedicado à literatura e à língua portuguesa
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Este ano destaca-se «o programa Cinema e 5L, realizado em parceria com o novo Festival Literário da cidade de Lisboa, Lisboa 5L», que vai exibir cinco filmes, «obras-primas do cinema», onde os espectadores podem testemunhar uma «adaptação, interpretação, transformação ou documentação das cinco dimensões literárias» transpostas para o meio cinematográfico: «2001: A Space Odyssey, de Stanley Kubrick, é um conto. The Color of Pomegranates, de Sergei Parajanov, poesia. Enrico IV, de Marco Bellocchio, teatro. Fahrenheit 451, de François Truffaut, um romance. Morte a Venezia, de Luchino Visconti, uma novela».
Nesta edição, o IndieLisboa «prolongar-se-á até ao dia 8 de Setembro com sessões adicionais no Cinema Ideal, onde terão lugar sessões dos filmes premiados, e na Cinemateca Portuguesa, com projecções de filmes pertencentes à retrospectiva de Sarah Maldoror».
A cerimónia de abertura terá lugar no próximo dia 21 de Agosto, na sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, em Lisboa. A programação completa pode ser consultada no sítio online do festival, e as entradas adquiridas nas bilheteiras do festival.
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