A cedência deste espólio dá continuidade a um trabalho que vinha sendo já realizado pelo Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) e o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM) na UNL, e que contou com a activa participação do próprio José Mário Branco, até ao seu falecimento, a 19 de Novembro de 2019.
Este processo tinha em vista a «categorização, digitalização, higienização e reacondicionamento» do muito material musical e artístico que o autor foi conservando ao longo da sua carreira. Seria então, segundo a vontade do autor, disponibilizado para «livre consulta em linha, concebida como instrumento auxiliar para o estudo, divulgação e reapropriação social da sua obra».
O disco Inéditos 1967-1999, de 2018, é uma edição que resulta desta colaboração do músico com um dos institutos do departamento de Ciências Musicias da UNL, o INET–md.
A instalação do Centro de Estudos e Documentação José Mário Branco – Música e Liberdade vem assim aprofundar o trabalho desenvolvido na área, atribuindo ainda à investigadora Salwa Castelo-Branco, um dos mais relevantes nomes da Etnomusicologia portuguesa, a gestão e coordenação ciêntifica do grupo que se dedicará ao espólio.
Em declarações à agência Lusa, Pedro Branco, filho de José Mário Branco, explica que esta «foi uma vontade do nosso pai. A ideia de criar este espólio é que depois fique disponível para todos, para o que for preciso, para outros investigadores, para particulares».
«Vou daquilo que fui, para aquilo que serei», parte imprescindível do património cultural português, figura presente do nosso cancioneiro, José Mário Branco permanece «muito mais vivo que morto, contai com isto de mim».
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