A Câmara Municipal do Seixal, que promove a iniciativa, revela num comunicado que a programação assenta em «dois eixos fundamentais». Por um lado, a preservação da memória, levando ao palco o legado histórico da música de intervenção, por outro, as lutas de hoje, dando voz a novos artistas e diferentes géneros musicais.
São duas noites de concertos, cujo objectivo é «fomentar propostas artísticas que tenham como elemento central do seu discurso de intervenção: da política à crítica social, do activismo ambiental às lutas contra a discriminação de raça e género, passando pelas questões relacionadas com a defesa das identidades culturais e dos direitos à auto-determinação».
O primeiro dia do festival conta com Fausto Bordalo Dias, um dos artistas de referência da música de intervenção em Portugal. Depois, Capicua convida Sara Tavares e a rapper angolana Eva Rapdiva e apresentam Capicua & Mulheres da Lusofonia. A noite de dia 10 termina com Kusturica and The No Smoking Orchestra.
Dia 11 sobem ao palco Pedro Jóia e Quarteto Arabesco, seguindo-se «Canções para Revoluções», espectáculo que reúne um repertório representativo da música de intervenção de vários países ibero-americanos, arranjado por Pedro Moreira para orquestra sinfónica e coro.
«Coro da Primavera», de José Afonso, «Cálice», de Chico Buarque, «Todo Cambia», de Mercedes Sosa, ou «Hasta Siempre», de Carlos Puebla, são algumas das músicas que serão interpretadas por nomes da música popular e do canto lírico, como António Zambujo, Lura, Uxía,Vitorino, Marina Pacheco (soprano) e Mário Alves (tenor).
O Festival do Maio termina com o DJ set «A Revolução Não Passa na Televisão», com Luís Varatojo e Homem do Leme, e uma selecção de música revolucionária de vários pontos do globo feita propositadamente para o evento.
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