A promessa é avançada pelo director artístico do emblemático festival, Igor Gandra, que, de 13 a 20 de Outubro, dá a mostrar as últimas criações das companhias portuenses e algumas das experiências «mais estimulantes» no panorama nacional e internacional.
A decorrer no Teatro Municipal do Porto, Teatro Nacional de São João e «numa grande variedade de contextos por toda a cidade», a programação da 29.ª edição do FIMP é marcada pela passagem do tempo e os seus efeitos na nossa vida colectiva, o destino da humanidade e das suas invenções técnicas.
O Teatro de Marionetas do Porto, que completou 30 anos em Setembro e cuja prática teatral revela uma visão não convencional da marioneta, leva os espectáculos Frágil, para ver no Teatro Carlos Alberto, e Quem sou eu?, no Teatro do Campo Alegre. Encenado por Isabel Barros, será a estreia do projecto [Quem sou eu?] trabalhado juntamente com a comunidade sénior da freguesia da Campanhã numa perspectiva de sensibilização artística e de inclusão social.
Também em português, as criações Manifesto Sem Treino de Voz, de Catarina Casais e João Barbosa, e Quarta Feira: O Tempo das Cerejas, com a assinatura de Cláudia Dias. O trabalho é o «terceiro episódio» do ciclo «Sete Anos, Sete Peças» iniciado por Cláudia Dias em 2016 com Segunda-Feira: Atenção à direita, a que se seguiu Terça-Feira: Tudo o que é sólido dissolve-se no ar.
A peça estrutura-se na apresentação de uma linha cronológica composta tanto por factos ocorridos como por outros ainda por acontecer. Uma tarefa, um espaço, uma matéria e um desejo de transformação do mundo são as ferramentas com que a coreógrafa Claúdia Dias e o marionetista Igor Gandra, o artista convidado desta edição, concretizam este encontro.
Em Quarta-Feira: O tempo das cerejas, «as marionetas testemunham o acontecimento da superação do paradigma do neo-liberalismo e até talvez um pouco mais», lê-se na apresentação.
Entre as propostas de âmbito internacional está Sans Objet, trabalho onde o francês Aurélien Bory e a sua companhia reflectem sobre as relações entre o homem e a máquina. «A actualidade das questões com que Sans Objet nos interpela produz-se num lugar de onde é possível ainda observar, com poesia e até algum humor, o desenvolvimento de práticas iniciadas nas primeiras vanguardas, um tempo em que a máquina e o corpo se fundem com a arte e a política», lê-se na sinopse.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui