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Morreu José Mário Branco

Músico, compositor e produtor, José Mário Branco integrou a geração de artistas que fizeram da música uma arma de resistência. Morreu esta terça-feira de morte súbita, tinha 77 anos. 

CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

Nascido no Porto, em Maio de 1942, José Mário Monteiro Guedes Branco, mais conhecido por José Mário Branco, foi um resistente antifascista, perseguido pela PIDE, e é considerado um dos mais importantes autores e renovadores da música popular portuguesa, em particular no período da Revolução dos Cravos.

Autor de uma obra singular no panorama musical português, José Mário Branco alargou a sua intervenção ao cinema, ao teatro e à acção cultural. Entre música de intervenção, fado e outras, destacam-se os discos Ser solidário, Margem de Certa Maneira, A noite, Correspondências e FMI.

O último álbum de originais, Resistir é vencer, data de 2004. Depois disso, José Mário Branco participou no projecto «Três Cantos», ao lado de Sérgio Godinho e Fausto Bordalo Dias, que resultou numa série de concertos, um álbum e um DVD.

Foi fundador do Grupo de Acção Cultural – Vozes na Luta (GAC), fez parte da companhia de teatro A Comuna, fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades (UPAV) e colaborou na produção musical de outros artistas, nomeadamente Camané, Amélia Muge, Samuel e Nathalie.

Em 2018, José Mário Branco cumpriu meio século de carreira, tendo editado um duplo álbum com inéditos e raridades, gravados entre 1967 e 1999. A edição sucede à reedição, no ano anterior, de sete álbuns de originais e um ao vivo, de um período que vai de 1971 a 2004.


Com agência Lusa

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