O jornalista, sindicalista, antifascista e ex-preso político António Joaquim dos Santos nasceu em Évora, a 26 de Novembro de 1931, e morreu em Rio de Mouro (Sintra), a 9 de Junho de 2020, aos 89 anos.
Ingressou em 1971 no jornal A Capital e foi preso pela PIDE nesse mesmo ano. Recorde-se que, à data da sua prisão, era membro suplente da direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ), eleito para o período entre 1970 e 1972.
Depois de ter passado meses na prisão de Caxias regressou ao jornal, onde trabalhou até à idade de reforma. A redacção de A Capital, nos anos setenta, era composta por jornalistas «que marcaram a geração do antes e pós 25 de Abril», refere em comunicado o SJ.
Presidiu à direcção do sindicato, entre 1980 e 1982, que organizou em Janeiro de 1982 o 1.º Congresso dos Jornalistas Portugueses, sob o lema «Liberdade de expressão, expressão da Liberdade».
Durante anos foi colaborador da organização sindical da CGTP-IN no sector ferroviário e, nessa qualidade, esteve envolvido no trabalho sindical e nas lutas dos ferroviários.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN) recorda, em mensagem emotiva, o colaborador que, «já depois de reformado e afastado, sempre aparecia nas nossas lutas, com uma mensagem de apoio e força».
«Podemos dizer que acabou por ser um ferroviário, embora de profissão diferente», escreve o SNTSF, lembrando «uma vida dedicada à causa dos trabalhadores e pela construção de uma sociedade justa e solidária».
O seu filho António Santos, colaborador do AbrilAbril, definiu-o, como alguém «que nunca se rendeu».
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