A homenagem a Paulo Branco, que decorrerá entre 10 e 21 de Fevereiro, está integrada na temporada 2020-2021 da Cinemateca Francesa, anunciada esta segunda-feira.
«Devemos a este produtor inspirado e audacioso, que iniciou a sua actividade no cinema em Paris, como programador e exibidor, a emergência de uma parte maior da modernidade cinematográfica na Europa a seguir ao final da década de 1970», lê-se no dossier de imprensa divulgado.
A Cinemateca Francesa recorda que Paulo Branco «permitiu a eclosão da maior parte dos realizadores mais essenciais do cinema neste período, desde os portugueses Manoel de Oliveira, Pedro Costa ou João César Monteiro, passando pelo chileno Raúl Ruiz ou o lituano Sharunas Bartas».
«Produziu também alguns dos filmes mais importantes de Chantal Akerman e Werner Schroeter. Muitos dos realizadores mais representativos de toda uma geração de cineastas franceses devem-lhe o início das suas carreiras: Olivier Assayas, Christophe Honoré, Laurence Ferreira Barbosa, Valeria Bruni-Tedeschi, Mathieu Amalric, entre outros», lê-se no documento.
A programação dedicada ao produtor português inclui, no dia 13 de Fevereiro, uma conversa com Paulo Branco, após a exibição de A cidade branca, de Alain Tanner.
A produtora Leopardo Filmes lembra, num comunicado divulgado ontem, que «esta é a segunda vez que aquela Cinemateca presta tributo ao produtor português, depois de em 1992 lhe ter dedicado a homenagem intitulada "Bravo Branco"».
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