A sessão antecipa a estreia nacional nos cinemas, marcada para o dia 13 de Julho, e será antecedida de conversa de Tréfaut com a jornalista Maria Flor Pedroso.
Eleito o melhor filme português do IndieLisboa de 2016, Treblinka acontece dentro de um comboio, vários comboios aliás, em viagem entre a Rússia, a Ucrânia e a Polónia, para lembrar que foi dessa forma que os judeus foram levados para os campos de concentração e de extermínio, durante a Segunda Guerra Mundial.
Contra a banalização da imagem de horror associada ao Holocausto, Sérgio Tréfaut recorreu sobretudo à voz e à palavra para abordar o tema, contando com a participação dos actores Isabel Ruth e Kirill Kashlikov.
«O horror está no texto e não na imagem, porque a imagem do horror se banalizou. O filme remete para a questão de como representar o horror», contou Sérgio Tréfaut à Agência Lusa, quando o filme passou no IndieLisboa.
Treblinka começou por ser um projecto de documentário sobre uma sobrevivente do Holocausto, a realizadora francesa Marceline Loridan-Ivens, hoje com 88 anos e viúva do documentarista Joris Ivens, mas acabou por se tornar num «filme-ensaio» sobre horror e sobrevivência.
O filme, já exibido em vários festivais internacionais, é composto por testemunhos de sobreviventes do Holocausto, sobretudo do judeu polaco Chil Rajchman e do livro de memórias Je suis le dernier juif.
Nascido em 1965, Sérgio Tréfaut é autor sobretudo de documentários, como Outro País (1999), Lisboetas (2005) e Alentejo, Alentejo (2014), aos quais juntou, em 2011, a primeira ficção, Viagem a Portugal.
Do cineasta, por estrear, está ainda a adaptação recente de Seara de Vento, a partir do romance homónimo de Manuel da Fonseca.
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