O anúncio foi feito hoje, em São João da Pesqueira, concelho do distrito de Viseu, durante a cerimónia do 18.º aniversário da classificação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) como Património Mundial da UNESCO.
«Queria agradecer à UNESCO, que chumbou o projecto que a EDP queria fazer e que me deu a possibilidade de ter feito este, e agradecer à própria EDP o empenho com que tratou o tema, muito delicado, e a maneira como contornou e lutou para que se efectivasse esta construção contra tudo e todos e que não foi nada fácil», afirmou Eduardo Souto Moura, durante a entrega do prémio.
O arquitecto vencedor do prémio Pritzker 2011 foi o responsável pela concepção do edifício instalado junto à foz do rio Tua, no âmbito da barragem que a EDP construiu entre os concelhos de Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Alijó (Vila Real).
O empreendimento, inserido no Plano Nacional de Barragens, foi alvo de muita contestação por causa dos impactos na paisagem protegida do Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial em 2001.
Para o júri do prémio foi «decisiva e determinante a intervenção da arquitectura, enquanto metodologia disciplinar, na construção da Central Hidroelétrica do Tua, acima de tudo, por assegurar a manutenção do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade».
O Prémio Arquitectura do Douro foi criado e lançado em 2006 pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) para promover boas práticas de arquitectura no Património Mundial. A cada dois anos, o galardão distingue «intervenções de construção, conservação ou reabilitação de edifícios ou conjuntos arquitectónicos» construídos após a classificação pela UNESCO.
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