Depois do Largo da Copa, onde esteve em cena em Julho do ano passado, Mandrágora, encenada por Fernando Mora Ramos, regressa às Caldas pela mão do Teatro da Rainha.
A peça surpreende uma vez que, admite a companhia, sendo uma comédia, «imitação» do modelo greco-latino, de Aristófanes e Terêncio, escapa à redução da intriga a um divertimento ocioso.
Em Mandrágora, «as regras clássicas cumprem-se de acordo com o desenvolvimento dos avanços narrativos até ao clímax e volte-face que geram um final feliz», refere o Teatro da Rainha num comunicado. Vinte anos após ter partido para Paris, Calímaco regressa a Florença com o objectivo de conquistar Lucrécia, «a mais bela» das italianas.
«Na companhia de Siro, o empregado, dá conta do seu desassossegado desejo», mas, lê-se no texto, há «um problema» – Lucrécia é casada com o doutor Nícia Calfucci. Além disso, é «honestíssima». «Como ultrapassar tamanhos obstáculos? Os fins justificarão quaisquer meios?», eis os desafios propostos ao público pelo renascentista Maquiavel.
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