Numa declaração intitulada «Nem coabitação, nem transição: o povo da Venezuela já decidiu», a plataforma soberanista rejeitou categoricamente a proposta de alguns grupos no sentido de «levar a cabo intervenções diplomáticas, políticas, militares ou de qualquer tipo na Venezuela», na sequência do processo eleitoral democrático que teve lugar no país sul-americano a 28 de Julho último.
Os movimentos sociais e populares que integram a Alba Movimentos destacam que a Venezuela é alvo de uma tentativa de golpe de Estado e que aqueles que hoje se atiram a esse país amanhã atacarão outros povos.
Na segunda jornada do II Encontro para uma Alternativa Social Mundial, promovido pela ALBA-TCP em Caracas, um dos temas em destaque foi o da defesa da paz e da luta contra o imperialismo. O programa da segunda jornada do Encontro para uma Alternativa Social Mundial – de Bolívar a Chávez, que a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) organizou conjuntamente com o Instituto Simón Bolívar, incluía painéis dedicados à justiça económica, à justiça política e um outro devotado à paz. O fórum, que reuniu cerca de 500 delegados de vários países no Teatro Simón Bolívar, na capital venezuelana, tinha como propósito declarado a busca de mecanismos e estratégias para enfrentar a ofensiva imperialista e o sistema dominante a nível mundial, indica a TeleSur. O painel que esta quarta-feira ali se realizou com o título «Alternativa para a Paz inalterável» contou com a participação de Elisa Salvador, da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos; Bahman Azad, do Conselho da Paz dos Estados Unidos; Socorro Gomes, do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz; David Denny, do Movimento Caribenho pela Paz e Integração, e o venezuelano Carolus Wimmer, do Comité de Solidariedade Internacional e Luta pela Paz. No primeiro dia do II Encontro para uma Alternativa Social Mundial, em Caracas, Patricia Villegas, jornalista da TeleSur, vincou a importância de que «cada um se veja como um elemento activo da comunicação». O Teatro Simón Bolívar, em Caracas, foi palco da abertura do II Encontro para uma Alternativa Social Mundial – de Bolívar a Chávez, que esteve a cargo de Jorge Arreaza, secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP). Seguiram-se três painéis de debate, o primeiro dos quais centrado no tema «Comunicação e Resistência: o papel dos meios de comunicação na geopolítica actual», com a participação, entre outros, dos jornalistas Darión Roque (Cuba), Vivian Fernandes (Brasil), Alan McLeod (Reino Unido) e Patricia Villegas (Venezuela). No encontro organizado pela ALBA-TCP e o Instituto Simón Bolívar, Villegas destacou a necessidade de contar a verdade da Venezuela perante os meios dominantes, que «manipulam a realidade do país sul-americano». Em seu entender, está em curso um plano para atentar contra a vontade do povo venezuelano, ao avançar-se com a ideia de uma fraude eleitoral, «pelo que é nosso dever agir para divulgar a verdade na Venezuela». Entre outros aspectos da sua intervenção, a jornalista venezuelana destacou a militância e o activismo digitais, tendo em conta as «novas tendências de informação através das redes sociais e o uso abrangente da Internet». Lembrando que no seu país não são legais os resultados à boca da urna e que é necessário aguardar pela contagem do poder eleitoral, Villegas afirmou que as agências internacionais e os meios dominantes vão procurar recorrer à contagem à boca da urna, apesar da ilegalidade em que incorrem. Neste sentido, considerou indispensável que «tenhamos consciência de quem se propõe distorcer a verdade, através de fontes não confiáveis», e defendeu que os jornalistas devem agir com base na sua experiência para enfrentar «o relato dominante, algo que fez a TeleSur ao longos dos anos». A este propósito, disse que, mesmo quando «pensamos que a guerra é muito desequilibrada», é possível «quebrar o discurso dominante». «As nossas câmaras e jornalistas conseguiram contar a verdade dos factos com coragem, rigor, capacidade técnica e estética», declarou, ao referir-se à cadeia em que trabalha. Ao inaugurar, em Caracas, o Encontro para uma Alternativa Social Mundial, Jorge Arreaza afirmou que são os povos ruas, com os governos revolucionários, que podem criar uma via alternativa. Começou esta quinta-feira, na capital venezuelana, o Encontro para uma Alternativa Social Mundial, que se prolonga até sábado, por iniciativa da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) e do Instituto Simón Bolívar. Ao dar as boas-vindas aos cerca de 500 delegados de 60 países participantes no encontro, o secretário executivo da ALBA-TCP, Jorge Arreaza, abordou os perigos e ameaças hoje existentes na região e no mundo. Neste contexto de «dificuldades e complexidades», defendeu que é tempo de unidade e de construção de uma alternativa para os povos, que «só nós podemos fazer», referindo-se aos representantes das organizações, movimentos sociais, partidos políticos e intelectuais presentes. O diplomata venezuelano afirmou que «o imperialismo já está a perder o controlo dos seus pilares» produtivo e financeiro, tendo entrado numa fase de declive em que apenas lhe sobra o pilar militar, tecnológico e comunicacional. Neste sentido, referiu-se à gravidade da situação, porque esse «imperialismo em declínio, como uma fera ferida, dá patadas para tentar prolongar o que está destinado a morrer». O secretário executivo do bloco de integração latino-americana disse ainda que, «neste claro-escuro», surgem monstros como os que hoje bombardeiam o povo palestiniano. «Só nós, os povos nas ruas, com os governos revolucionários, podemos conter estes monstros – o imperialismo – e apresentar ao mundo um caminho alternativo», sublinhou. Num encontro que pretende fomentar a unidade e desenhar estratégias para combater o imperialismo e o intervencionismo norte-americano, Jorge Arreaza afirmou que do conclave deve sair uma «agenda mínima de acção», também para ver o que se pode fazer em matéria de educação, saúde, habitação, cultura e alimentação. Depois da intervenção de boas-vindas, estavam agendados vários seminários, como «Perigos e ameaças para a humanidade», «A civilização decadente», «Um só imperialismo, um só inimigo» e «A necessidade de um projecto comum». Ao intervir no painel sobre «Perigos e ameaças para a humanidade», a socióloga equatoriana Irene León afirmou que vivemos «uma batalha política, económica e geopolítica de grande magnitude», num contexto em que «o capital quer esmagar todo o potencial que reside nos nossos povos». «Estamos perante uma batalha de poder que agita todos os cenários da humanidade», afirmou, destacando igualmente que o «mundo multipolar é uma realidade tangível que começa a mostrar músculo». Por seu lado, o sociólogo argentino Atilio Borón sublinhou que «a guerra está a ocorrer nos media» e que, «se não entendermos isso, continuaremos a ser vítimas do império». «Os meios de comunicação mentem de forma escandalosa», denunciou Borón, que chamou ainda a atenção para a «perseguição implacável na Europa» contra quem «se atreve a falar contra o imperialismo e a NATO». Esta sexta-feira, o Encontro propõe dois debates: «O princípio da Unidade como elemento transformador», a cargo de Jorge Arreaza; e «Hiper-imperialismo e uma Alternativa Social Mundial», dirigido pelo indiano Vijay Prashad, do Instituto Tricontinental de Investigação Social. Além dos intelectuais e dirigentes sociais referidos, participam nos debates Rania Khalek (EUA/Líbano), Carlos Rosero (Colômbia), Tebogo Phadu (África do Sul), Marta Martín (Espanha) e Abel Prieto (Cuba), entre outros, provenientes do Brasil, México, Porto Rico ou Guatemala. Segundo avançou a organização, ao longo do evento haverá mostras de solidariedade com a Palestina, Cuba, Haiti, Venezuela, o povo saarauí e o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas. A encerrar o Encontro, no sábado, dia 20, realiza-se o Seminário das Juventudes Anti-imperialistas em luta e pela solidariedade. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Uma das estratégias fundamentais para criar propostas é que cada um se veja como um elemento activo da comunicação», disse, frisando a necessidade de «empreender o caminho para produzir os nossos próprios conteúdos». Também destacou a importância de aprender a ler as redes sociais, de «aprender a ler esses conteúdos que hoje estão ao alcance das nossas mãos». No entender de Villegas, é igualmente importante a criação das «nossas próprias autoestradas de informação, sem depender de canais que são controlados por espaços dominantes que dizem o que fazer e quando». A este propósito, afirmou que as redes sociais «têm códigos e regras que não são as nossas» e, independentemente de os cumprirmos ou não, «cortam-nos a transmissão e tornam-nos invisíveis». O II Encontro para uma Alternativa Social Mundial – de Bolívar a Chávez começou esta terça-feira e prossegue hoje, com a realização de painéis de debate sobre a paz, a justiça económica e a justiça política, antes da sessão de encerramento. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Ao intervir, Socorro Gomes, disse que o mundo da paz é um mundo de povos livres e donos do seu destino, mas advertiu que essa luta tem avanços e retrocessos. «A maior ameaça à paz é a intervenção imperialista», afirmou. «Hugo Chávez liderou uma verdadeira revolução anti-imperialista em busca da libertação da pátria venezuelana», sublinhou, acrescentando que «o imperialismo tem sido um problema para os povos do mundo». «O nosso continente foi varrido por golpes de Estado, ditaduras. Tivemos as piores ditaduras impostas pelo imperialismo norte-americano. O imperialismo tem sido um dos piores problemas para a paz», referiu. «Os Estados Unidos controlam a moeda, o dinheiro, por isso realizam acções de bloqueio e impedem o desenvolvimento livre. Têm o controlo de 90% dos meios de comunicação do mundo», disse Gomes ao intervir. A destacada activista brasileira, com longo trajecto de luta pela paz e contra o imperialismo, teve também palavras de alerta e denúncia relativas ao genocídio que o Estado de Israel comete na Palestina. Além disso, valorizou o papel desempenhado pela ALBA-TCP, que caracterizou como um forte instrumento em defesa da paz e da liberdade dos povos, e da busca de um progresso partilhado, da cooperação internacional e da soberania dos povos. Por seu lado, Bahman Azad (EUA) defendeu que nunca como hoje, na história recente, a paz esteve tanto sob ameaça, o que, em seu entender, decorre de alterações na correlação de forças e subsequentes «reacções negativas brutais, criminosas contra os povos e as forças do progresso». «Somos testemunhas dos crimes contra a humanidade que o Estado sionista de Israel está a cometer contra a Palestina», afirmou, tendo acrescentado que «o povo norte-americano está descontente» com o seu governo por causa do que se está a passar na Palestina. Já Elisa Salvador (Angola) destacou que o respeito é a base de qualquer relação e que é fundamental respeitar as opiniões e as escolhas dos outros. «Cada um de nós deve sentir-se, deve ser um agente da paz, denunciar situações de injustiça», defendeu, citada pela TeleSur. «Não é possível falar de paz efectiva no continente africano porque existem países em conflito. Vivemos na miséria, com fome, com guerra. Como é possível falar de paz?», questionou. «Conhecemos esse inimigo comum, mas temos a necessidade de nos unir. Precisamos de viver essa paz, mas, para poder experimentar essa paz, devemos ter a boa vontade dos nossos dirigentes e governantes», disse. David Denny, do Movimento Caribenho, disse que «estamos no meio de uma guerra ideológica, económica, política e militar». Nesse sentido vincou a necessidade de juntar forças «para defender a nossa região do imperialismo norte-americano». Posicionou-se contra «qualquer tipo de intervenção no território haitiano» e, nesse contexto, lembrou um tipo muito diferente de «intervenção»: «Cuba enviou mais de 400 médicos para o Haiti.» «Cuba sempre esteve do lado dos pobres e desfavorecidos, ajudou a libertar África. Temos de ser solidários com os nossos irmãos de Cuba», defendeu. Já o venezuelano Carolus Wimmer fez questão de expressar a sua solidariedade com o povo e as forças de esquerda dos Estados Unidos. «Há um povo em luta contra esse sistema injusto, imperialista; um povo que sofre», disse, antes de manifestar a sua solidariedade à esquerda progressista nos EUA. «É necessário ir ao passado para construir o futuro», afirmou, lembrando que, «para Bolívar, a paz não era pacifismo, não era a tranquilidade; para Bolívar, a paz era a justiça, a independência, a liberdade». «Temos de continuar a lutar todos os dias; o inimigo espera que baixemos a guarda. Não há descanso», defendeu. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
«Temos de continuar a lutar todos os dias, não há descanso»
Internacional|
É possível «quebrar o discurso dominante»
Sermos elementos activos da comunicação
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«Só os povos nas ruas, com os governos revolucionários, podem conter o imperialismo»
Mundo multipolar é uma realidade tangível
Debates e seminários até sábado
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Nunca a paz esteve tão ameaçada na história recente
Estamos em plena guerra ideológica, económica, política e militar
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Neste contexto, o documento sublinha que «o respeito pela soberania e a autodeterminação dos povos é um princípio que qualquer projecto revolucionário deveria ter como prioridade». Mesmo no meio da pressão externa de carácter reaccionário, essa deve ser uma bandeira política nas relações internacionais, defende.
Acrescentam os movimentos que o destino do povo venezuelano será decidido pelas suas instituições legítimas, não pelos meios de comunicação, pela Organização de Estados Americanos (OEA), pelos Estados Unidos ou por qualquer país da região.
Sobre as sugestões realizadas por alguns sectores «progressistas» da região, os movimentos sociais e populares da Alba, que «conhecem, amam e defendem o povo bolivariano», repudiam qualquer intervenção que se destine a não reconhecer os resultados de um processo eleitoral concluído.
Tais insinuações – criticam – «não são outra coisa que o desconhecimento da sua soberania, e uma falta de respeito pela vontade do seu povo expressa nas urnas a 28 de Julho».
A este propósito, dizem ser conhecedores do «espírito democrático dos governos do Brasil e da Colômbia, e esperam que os seus dirigentes estejam à altura dos povos que representam e que os elegeram».
Mais afirmam que, neste contexto, que «nem Petro jamais entraria numa "Frente Nacional" liderada por Álvaro Uribe; nem Lula faria parte de uma coligação que Bolsonaro liderasse».
No primeiro dia do II Encontro para uma Alternativa Social Mundial, em Caracas, Patricia Villegas, jornalista da TeleSur, vincou a importância de que «cada um se veja como um elemento activo da comunicação». O Teatro Simón Bolívar, em Caracas, foi palco da abertura do II Encontro para uma Alternativa Social Mundial – de Bolívar a Chávez, que esteve a cargo de Jorge Arreaza, secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP). Seguiram-se três painéis de debate, o primeiro dos quais centrado no tema «Comunicação e Resistência: o papel dos meios de comunicação na geopolítica actual», com a participação, entre outros, dos jornalistas Darión Roque (Cuba), Vivian Fernandes (Brasil), Alan McLeod (Reino Unido) e Patricia Villegas (Venezuela). No encontro organizado pela ALBA-TCP e o Instituto Simón Bolívar, Villegas destacou a necessidade de contar a verdade da Venezuela perante os meios dominantes, que «manipulam a realidade do país sul-americano». Em seu entender, está em curso um plano para atentar contra a vontade do povo venezuelano, ao avançar-se com a ideia de uma fraude eleitoral, «pelo que é nosso dever agir para divulgar a verdade na Venezuela». Entre outros aspectos da sua intervenção, a jornalista venezuelana destacou a militância e o activismo digitais, tendo em conta as «novas tendências de informação através das redes sociais e o uso abrangente da Internet». Lembrando que no seu país não são legais os resultados à boca da urna e que é necessário aguardar pela contagem do poder eleitoral, Villegas afirmou que as agências internacionais e os meios dominantes vão procurar recorrer à contagem à boca da urna, apesar da ilegalidade em que incorrem. Neste sentido, considerou indispensável que «tenhamos consciência de quem se propõe distorcer a verdade, através de fontes não confiáveis», e defendeu que os jornalistas devem agir com base na sua experiência para enfrentar «o relato dominante, algo que fez a TeleSur ao longos dos anos». A este propósito, disse que, mesmo quando «pensamos que a guerra é muito desequilibrada», é possível «quebrar o discurso dominante». «As nossas câmaras e jornalistas conseguiram contar a verdade dos factos com coragem, rigor, capacidade técnica e estética», declarou, ao referir-se à cadeia em que trabalha. Ao inaugurar, em Caracas, o Encontro para uma Alternativa Social Mundial, Jorge Arreaza afirmou que são os povos ruas, com os governos revolucionários, que podem criar uma via alternativa. Começou esta quinta-feira, na capital venezuelana, o Encontro para uma Alternativa Social Mundial, que se prolonga até sábado, por iniciativa da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) e do Instituto Simón Bolívar. Ao dar as boas-vindas aos cerca de 500 delegados de 60 países participantes no encontro, o secretário executivo da ALBA-TCP, Jorge Arreaza, abordou os perigos e ameaças hoje existentes na região e no mundo. Neste contexto de «dificuldades e complexidades», defendeu que é tempo de unidade e de construção de uma alternativa para os povos, que «só nós podemos fazer», referindo-se aos representantes das organizações, movimentos sociais, partidos políticos e intelectuais presentes. O diplomata venezuelano afirmou que «o imperialismo já está a perder o controlo dos seus pilares» produtivo e financeiro, tendo entrado numa fase de declive em que apenas lhe sobra o pilar militar, tecnológico e comunicacional. Neste sentido, referiu-se à gravidade da situação, porque esse «imperialismo em declínio, como uma fera ferida, dá patadas para tentar prolongar o que está destinado a morrer». O secretário executivo do bloco de integração latino-americana disse ainda que, «neste claro-escuro», surgem monstros como os que hoje bombardeiam o povo palestiniano. «Só nós, os povos nas ruas, com os governos revolucionários, podemos conter estes monstros – o imperialismo – e apresentar ao mundo um caminho alternativo», sublinhou. Num encontro que pretende fomentar a unidade e desenhar estratégias para combater o imperialismo e o intervencionismo norte-americano, Jorge Arreaza afirmou que do conclave deve sair uma «agenda mínima de acção», também para ver o que se pode fazer em matéria de educação, saúde, habitação, cultura e alimentação. Depois da intervenção de boas-vindas, estavam agendados vários seminários, como «Perigos e ameaças para a humanidade», «A civilização decadente», «Um só imperialismo, um só inimigo» e «A necessidade de um projecto comum». Ao intervir no painel sobre «Perigos e ameaças para a humanidade», a socióloga equatoriana Irene León afirmou que vivemos «uma batalha política, económica e geopolítica de grande magnitude», num contexto em que «o capital quer esmagar todo o potencial que reside nos nossos povos». «Estamos perante uma batalha de poder que agita todos os cenários da humanidade», afirmou, destacando igualmente que o «mundo multipolar é uma realidade tangível que começa a mostrar músculo». Por seu lado, o sociólogo argentino Atilio Borón sublinhou que «a guerra está a ocorrer nos media» e que, «se não entendermos isso, continuaremos a ser vítimas do império». «Os meios de comunicação mentem de forma escandalosa», denunciou Borón, que chamou ainda a atenção para a «perseguição implacável na Europa» contra quem «se atreve a falar contra o imperialismo e a NATO». Esta sexta-feira, o Encontro propõe dois debates: «O princípio da Unidade como elemento transformador», a cargo de Jorge Arreaza; e «Hiper-imperialismo e uma Alternativa Social Mundial», dirigido pelo indiano Vijay Prashad, do Instituto Tricontinental de Investigação Social. Além dos intelectuais e dirigentes sociais referidos, participam nos debates Rania Khalek (EUA/Líbano), Carlos Rosero (Colômbia), Tebogo Phadu (África do Sul), Marta Martín (Espanha) e Abel Prieto (Cuba), entre outros, provenientes do Brasil, México, Porto Rico ou Guatemala. Segundo avançou a organização, ao longo do evento haverá mostras de solidariedade com a Palestina, Cuba, Haiti, Venezuela, o povo saarauí e o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas. A encerrar o Encontro, no sábado, dia 20, realiza-se o Seminário das Juventudes Anti-imperialistas em luta e pela solidariedade. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Uma das estratégias fundamentais para criar propostas é que cada um se veja como um elemento activo da comunicação», disse, frisando a necessidade de «empreender o caminho para produzir os nossos próprios conteúdos». Também destacou a importância de aprender a ler as redes sociais, de «aprender a ler esses conteúdos que hoje estão ao alcance das nossas mãos». No entender de Villegas, é igualmente importante a criação das «nossas próprias autoestradas de informação, sem depender de canais que são controlados por espaços dominantes que dizem o que fazer e quando». A este propósito, afirmou que as redes sociais «têm códigos e regras que não são as nossas» e, independentemente de os cumprirmos ou não, «cortam-nos a transmissão e tornam-nos invisíveis». O II Encontro para uma Alternativa Social Mundial – de Bolívar a Chávez começou esta terça-feira e prossegue hoje, com a realização de painéis de debate sobre a paz, a justiça económica e a justiça política, antes da sessão de encerramento. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
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«A extrema-direita, antidemocrática por definição, jamais o permitiria. Não faz sentido, nem sequer pragmático, pedir à Venezuela que o faça», declaram.
«Não nos confundamos, nem nos enganemos: o inimigo continua a ser o mesmo, embora se disfarce com novas roupas e novas máscaras», afirma o texto, no qual se declara lealdade sem claudicar à luta pela «segunda e definitiva independência», e pela defesa da «soberania do nosso continente».
Num texto publicado quinta-feira à noite no Página 12, a Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade (REDH) – Capítulo Argentina também se mostrou bastante crítica com a proposta «insólita» de um «governo de coabitação transitório e novas eleições livres» na Venezuela.
Além de perguntar aos dirigentes «progressistas» sul-americanos por que razão não respeitam os prazos legais em vigor na Venezuela, a Rede lamenta a plena sintonia com «o projecto de Washington» e pergunta a Lula e a Petro por que não «coabitaram» com os fascistas que assaltaram as instituições em Brasília ou com Uribe Vélez.
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