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|anti-imperialismo

«Temos de continuar a lutar todos os dias, não há descanso»

Na segunda jornada do II Encontro para uma Alternativa Social Mundial, promovido pela ALBA-TCP em Caracas, um dos temas em destaque foi o da defesa da paz e da luta contra o imperialismo.

Intervenção de Socorro Gomes, do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz Créditos / @ALBATCP

O programa da segunda jornada do Encontro para uma Alternativa Social Mundial – de Bolívar a Chávez, que a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) organizou conjuntamente com o Instituto Simón Bolívar, incluía painéis dedicados à justiça económica, à justiça política e um outro devotado à paz.

O fórum, que reuniu cerca de 500 delegados de vários países no Teatro Simón Bolívar, na capital venezuelana, tinha como propósito declarado a busca de mecanismos e estratégias para enfrentar a ofensiva imperialista e o sistema dominante a nível mundial, indica a TeleSur.

O painel que esta quarta-feira ali se realizou com o título «Alternativa para a Paz inalterável» contou com a participação de Elisa Salvador, da Liga Angolana de Amizade e Solidariedade com os Povos; Bahman Azad, do Conselho da Paz dos Estados Unidos; Socorro Gomes, do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz; David Denny, do Movimento Caribenho pela Paz e Integração, e o venezuelano Carolus Wimmer, do Comité de Solidariedade Internacional e Luta pela Paz.

Ao intervir, Socorro Gomes, disse que o mundo da paz é um mundo de povos livres e donos do seu destino, mas advertiu que essa luta tem avanços e retrocessos. «A maior ameaça à paz é a intervenção imperialista», afirmou.

«Hugo Chávez liderou uma verdadeira revolução anti-imperialista em busca da libertação da pátria venezuelana», sublinhou, acrescentando que «o imperialismo tem sido um problema para os povos do mundo».

«O nosso continente foi varrido por golpes de Estado, ditaduras. Tivemos as piores ditaduras impostas pelo imperialismo norte-americano. O imperialismo tem sido um dos piores problemas para a paz», referiu.

«Os Estados Unidos controlam a moeda, o dinheiro, por isso realizam acções de bloqueio e impedem o desenvolvimento livre. Têm o controlo de 90% dos meios de comunicação do mundo», disse Gomes ao intervir.

A destacada activista brasileira, com longo trajecto de luta pela paz e contra o imperialismo, teve também palavras de alerta e denúncia relativas ao genocídio que o Estado de Israel comete na Palestina.

@ALBATCP

Além disso, valorizou o papel desempenhado pela ALBA-TCP, que caracterizou como um forte instrumento em defesa da paz e da liberdade dos povos, e da busca de um progresso partilhado, da cooperação internacional e da soberania dos povos.

Nunca a paz esteve tão ameaçada na história recente

Por seu lado, Bahman Azad (EUA) defendeu que nunca como hoje, na história recente, a paz esteve tanto sob ameaça, o que, em seu entender, decorre de alterações na correlação de forças e subsequentes «reacções negativas brutais, criminosas contra os povos e as forças do progresso».

«Somos testemunhas dos crimes contra a humanidade que o Estado sionista de Israel está a cometer contra a Palestina», afirmou, tendo acrescentado que «o povo norte-americano está descontente» com o seu governo por causa do que se está a passar na Palestina.

Elisa Salvador (Angola) destacou que o respeito é a base de qualquer relação e que é fundamental respeitar as opiniões e as escolhas dos outros. «Cada um de nós deve sentir-se, deve ser um agente da paz, denunciar situações de injustiça», defendeu, citada pela TeleSur.

«Não é possível falar de paz efectiva no continente africano porque existem países em conflito. Vivemos na miséria, com fome, com guerra. Como é possível falar de paz?», questionou.

@ALBATCP

«Conhecemos esse inimigo comum, mas temos a necessidade de nos unir. Precisamos de viver essa paz, mas, para poder experimentar essa paz, devemos ter a boa vontade dos nossos dirigentes e governantes», disse.

Estamos em plena guerra ideológica, económica, política e militar

David Denny, do Movimento Caribenho, disse que «estamos no meio de uma guerra ideológica, económica, política e militar». Nesse sentido vincou a necessidade de juntar forças «para defender a nossa região do imperialismo norte-americano».

Posicionou-se contra «qualquer tipo de intervenção no território haitiano» e, nesse contexto, lembrou um tipo muito diferente de «intervenção»: «Cuba enviou mais de 400 médicos para o Haiti.»

«Cuba sempre esteve do lado dos pobres e desfavorecidos, ajudou a libertar África. Temos de ser solidários com os nossos irmãos de Cuba», defendeu.

Já o venezuelano Carolus Wimmer fez questão de expressar a sua solidariedade com o povo e as forças de esquerda dos Estados Unidos.

«Há um povo em luta contra esse sistema injusto, imperialista; um povo que sofre», disse, antes de manifestar a sua solidariedade à esquerda progressista nos EUA.

«É necessário ir ao passado para construir o futuro», afirmou, lembrando que, «para Bolívar, a paz não era pacifismo, não era a tranquilidade; para Bolívar, a paz era a justiça, a independência, a liberdade».

«Temos de continuar a lutar todos os dias; o inimigo espera que baixemos a guarda. Não há descanso», defendeu.

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