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Aldeia síria bloqueia patrulha dos EUA

Os habitantes de Al-Kuzleya, no nordeste da Síria, juntaram-se aos soldados de Damasco estacionados na aldeia para impedir a passagem a uma coluna militar norte-americana, que foi apedrejada.

Soldados norte-americanos em patrulha no nordeste da Síria, a 30 de Janeiro de 2020. Os EUA ocupam ilegalmente essa rica região petrolífera da Síria, na confluência de fronteiras com a Turquia e o Iraque
CréditosStaff Sgt. Jodi Eastham / US Army

Os habitantes de Al-Kuzleya, a oeste da cidade de Tel Tamr, na província de Hasaka (Nordeste da Síria) juntaram-se a soldados do Exército Árabe Sírio (EAS) estacionados na aldeia para impedir a entrada na aldeia a uma coluna militar norte-americana, obrigando-a retroceder.

Os habitantes ajudaram a bloquear a estrada que atravessa a localidade e chegaram a apedrejar o comboio, composto por sete blindados ligeiros, antes de este recuar na sua intenção.

A informação avançada pela agência SANA (Síria), foi corroborada por outras fontes. O norte-americano Defence Blog, citando a agência Step News (operando em árabe a partir de Washington), confirmou o bloqueio e o apedrejamento – que qualificou de «raro confronto» – e reconheceu que «os militares dos EUA tiveram de rodear a localidade para encontrar outro caminho», acrescentando que «um acidente similar acontecera na véspera».

Trata-se, provavelmente, de uma referência ao incidente que opôs os habitantes de Rmelan-al Basha – uma área de Hasaka rica em petróleo – a uma outra patrulha militar dos EUA, reportado pelo sítio russo Southfront.

Este chama a atenção para o facto de os últimos meses terem testemunhado «confrontos semelhantes entre forças dos EUA e habitantes locais no nordeste da Síria, em particular no norte e no nordeste da província de Hasaka».

O mais perigoso desses confrontos deu-se a 12 de Janeiro em Khirbet Amo, no extremo norte da província, junto à fronteira com a Turquia. Os militares norte-americanos responderam aos protestos dos habitantes disparando sobre os manifestantes, tendo milícias locais respondido ao fogo. O incidente, alega a referida fonte, foi «rapidamente desescalado» pela Polícia Militar russa e forças do EAS.

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