A mobilização, inicialmente convocada como greve geral pelas oito centrais sindicais brasileiras, mudou de nome nas últimas semanas para «Dia Nacional de Greves e Paralisações», tendo sido dinamizada também pelos movimentos populares que integram as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
As cidades de pelo menos 18 estados acordaram ontem com protestos contra a PEC 55, que estabelece limites para o investimento em serviços públicos para as próximas duas décadas.
No acto de encerramento, ao final da tarde, na Praça da Sé, em São Paulo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, declarou que as iniciativas foram «um sucesso, rumo à greve geral».
Simultaneamente advertiu para o «cuidado» a ter pelo facto de haver actualmente naquele país «muitos opositores às causas dos movimentos sociais e às causas populares», a começar pelos media. Sobre a greve geral, acrescenta que virá no momento «da reforma da Previdência que Temer está propondo, já que este é um dos temas mais inflamáveis para nós, trabalhadores e trabalhadoras».
Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), reiterou a importância deste dia nacional de luta e esclareceu que os trabalhadores começam a perceber as implicações da agenda regressiva instituída pelo presidente não eleito. «A partir da constituição de um governo ilegítimo, Temer advoga um conjunto de medidas que irão dificultar por demais a vida do povo, sobretudo dos mais humildes», denuncia.
O plano de privatização da Petrobras foi outro motivo que impulsionou os protestos. Em Macaé, Rio de Janeiro, trabalhadores do petróleo manifestaram-se em vias públicas do município e cortaram o trânsito.
As manifestações foram ainda participadas por estudantes universitários que ocuparam universidades federais. Mais mobilizações foram anunciadas para o dia 27 de Novembro, data prevista para a votação da PEC no Senado.
Aprovada pela Câmara dos Deputados no passado dia 26 de Outubro, a PEC 241 passou a tramitar no Senado como PEC 55.
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