Carlos Díaz Marchant, presidente da organização sindical, disse à imprensa que a greve de dois dias, que hoje se inicia, se concretiza «devido à demora em satisfazer as reivindicações».
A reparação da «dívida histórica», melhores salários e condições de trabalho, o pagamento de subsídios em atraso, a melhoria da qualidade da Educação no Chile são alguns dos pontos que se incluem no caderno apresentado pelos docentes ao executivo chileno.
A chamada «dívida histórica» está relacionada com os prejuízos salariais sofridos por milhares de professores do ensino público, em virtude de, no período da ditadura militar, a Educação ter passado da alçada do governo central para os municípios. Entretanto, a Lei passou a contemplar uma compensação, que não lhes foi paga.
Esta situação também teve impacto nas pensões dos professores que se reformaram nos anos seguintes. Embora os governos subsequentes à ditadura de Pinochet tenham reconhecido a «injustiça», a situação destes professores nunca foi reparada.
Violência nos recintos escolares exige medidas abrangentes
Entre as exigências dos professores, apresentadas há um ano, contam-se também a alteração do sistema de financiamento do ensino público, o fim da sobrecarga laboral e medidas para resolver, com carácter de urgência, o problema da violência nos recintos escolares, indica a TeleSur.
Tendo em conta casos de grande violência verificados em várias escolas do país, sobretudo na capital, Santiago, o ministro da Educação, Marco Antonio Ávila, anunciou que o programa «A conviver se aprende» seria alargado a 160 comunas do país sul-americano.
No entanto, refere a Prensa Latina, representantes do sindicato defenderam que a resposta ao problema não passa por uma política que se centra em determinados espaços e deve ter um carácter mais abrangente.
Para esta quarta-feira, está prevista uma manifestação frente ao Congresso Nacional, na cidade de Valparaíso. No final destes dois dias de greve, os professores devem realizar um plenário para decidir se avançam para uma paralisação por tempo indeterminado.
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