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Exército sírio aproxima-se dos Montes Golã ocupados

Nas últimas 48 horas, o Exército sírio alcançou importantes avanços na ofensiva do Sudoeste, expulsando os terroristas de Mashara, em Quneitra, e dominando a estratégica colina de al-Harra, em Daraa.

No dia 12 de Julho, o Exército Árabe Sírio fez ondear a bandeira da Síria na cidade de Daraa, cunhada como «berço da revolução» pelos que promoveram e alimentaram a guerra de agressão ao país árabe
Créditos / Sputnik News

As Forças Tigre do Exército Árabe Sírio (EAS) asseguraram, esta segunda-feira, o controlo de Tal al-Harra, no Noroeste da província de Daraa. Fontes militares sublinharam a importância deste avanço explicando que, a partir daquela colina, possuem um domínio total sobre uma região vasta nas províncias de Daraa e de Quneitra, no Sudoeste da Síria.

Citando fontes militares, a agência SANA referiu ainda que, no combate às forças terroristas no Noroeste de Daraa, o Exército libertou diversas aldeias, como Kafr Shams, al-Tiha e Zimrin.

Outro importante avanço, registado este domingo, foi a libertação da localidade de Mashara e das zonas circundantes, que se encontravam em poder dos terroristas desde 2014.

A libertação ocorreu após duros combates entre a Guarda Republicana do EAS, auxiliada por elementos locais das Forças de Defesa Nacional, com as forças do Hay'at Tahrir Al-Sham, informa a Al-Masdar News.

Para grande «inquietação» dos israelitas, o EAS está a pouca distância dos Montes Golã ocupados, já com os pés assentes na província de Quneitra, junto à fronteira com o Líbano e a Jordânia. De acordo com a Al-Masdar News, as forças de Damasco devem dirigir-se agora para Nabe al-Sakhr – outro dos bastiões da Frente al-Nusra em Quneitra.

Controlo da zona de fronteira com a Jordânia

O Exército Árabe Sírio, com o apoio aéreo da Rússia, lançou uma grande ofensiva para a libertação do Sudoeste do país há quase um mês, a 19 de Junho. Recentemente, as tropas sírias conseguiram recuperar o controlo sobre a zona fronteiriça com a Jordânia, incluindo o posto de Nassib, principal ponto de passagem na fronteira entre Amã e Damasco.

Outro momento marcante – e simbólico – de uma ofensiva centrada nas províncias de Suwayda, Daraa e Quneitra foi a libertação da cidade de Daraa, efusivamente festejada por milhares de pessoas nas ruas, depois de ser cunhada «o berço da revolução» por aqueles que – no Ocidente e no Médio Oriente – promoveram e alimentaram a guerra de agressão à Síria, desde 2011.

Libertação também por via de acordos

No âmbito da política de reconciliação nacional promovida pelo governo de Damasco, com a mediação do Centro Russo para a Reconciliação na Síria, no início deste mês o executivo sírio e diversas facções armadas operacionais na província de Daraa firmaram um acordo.

Nos termos do acordo, foi estabelecido um cessar-fogo entre as partes signatárias e foi decidida a entrega de armamento pesado e semi-pesado ao EAS, bem como a devolução de todas as áreas controladas pelos grupos armados ao longo da fronteira que o país partilha com a Jordânia.

Ficaram ainda garantidas a possibilidade de regresso dos sírios que tinham fugido para a Jordânia e a evacuação dos «rebeldes» e seus familiares para a província de Idlib (no Noroeste da Síria).

No domingo passado, um primeiro grupo de extremistas e seus familiares começou a ser evacuado, de autocarro, para o Norte do país.

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