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Forças sírias e aliadas libertaram al-Bukamal

O Exército Árabe Sírio (EAS), com o apoio das forças aliadas, libertou esta quarta-feira a cidade de al-Bukamal, junto à fronteira com o Iraque e que se tornara o último bastião do Daesh, após as derrotas sofridas recentemente em Deir ez-Zor e al-Mayadin.

As forças aliadas do Hezbollah, em conjunto com as tropas de elite do Exército Árabe Sírio, assumiram um papel decisivo na libertação de al-Bukamal (foto de arquivo)
Créditos / voanews.com

«Al-Bukamal, último bastião do Daesh, foi libertada», declarou ontem à noite o comandante sírio das operações, sublinhando o papel destacado que os combatentes do Hezbollah assumiram na batalha, bem como o das centenas de tropas das forças de elite sírias, informa a PressTV.

Localizada à beira do rio Eufrates e junto à fronteira com o Iraque, 140 quilómetros a sudeste de Deir ez-Zor, a cidade foi libertada após «duros combates» com o chamado Estado Islâmico, segundo revela a agência Sana, depois de o Exército Árabe Sírio e os seus aliados se terem encontrado, na fronteira, com unidades dos grupos paramilitares xiitas iraquianos Hashd Al-Sha'abi (Unidades de Mobilização Popular; UMP).

Em comunicado, o Comando Geral das Forças Armadas sírias só declarou a cidade totalmente libertada do Daesh esta quinta-feira, considerando que se trata de «um feito estratégico, que serve como base para a erradicação do que resta das organizações terroristas, com os seus vários nomes, no território sírio».

O Comando Geral atribui «grande importância» à libertação de al-Bukamal, salientando que «representa o anúncio da queda do projecto da organização terrorista Daesh na região, em geral, e o colapso das ilusões dos seus financiadores e apoiantes de a dividirem».

Ligação de Beirute a Teerão

A libertação de al-Bukamal por parte do EAS e seus aliados foi também sublinhada por diversos analistas e meios de comunicação social, tendo em conta que as forças que se opõem ao terrorismo e aos projectos de domínio imperialista no Médio Oriente conseguem ligar por estrada, pela primeira vez em muito tempo, Beirute a Teerão, passando por Damasco e Bagdade.

A conquista de ontem segue-se à libertação total da capital da província, Deir ez-Zor, na sexta-feira passada, no contexto de uma ofensiva lançada há dois meses pelas forças de Damasco, com o apoio da aviação russa. Isto teve lugar depois de, a 5 de Setembro, o EAS e os seus aliados terem conseguido quebrar o cerco de quase três anos imposto pelo Daesh à cidade.

Entretanto, a ofensiva contra o Daesh prosseguiu hoje nas imediações de al-Bukamal, com o objectivo de garantir a segurança em redor da cidade. De acordo com a Al-Masdar News, a 4.ª Divisão do EAS e os seus aliados, apoiados pelas UMP iraquianas, conseguiram assegurar o controlo da base militar de Hamdan.

Em virtude destes avanços, as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS), maioritariamente curdas e apoiadas pelos Estados Unidos, parecem sentir-se ameaçadas e, ontem, afirmaram que responderiam «de forma agressiva» a qualquer ataque do EAS na parte oriental da província de Deir ez-Zor.

De acordo com a Al-Masdar News, a Rússia e os EUA chegaram a um acordo que impede o EAS e as FDS de se atacarem no vale do rio Eufrates.

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