Convocados pelos sindicatos Unison, GMB e Unite, os trabalhadores vão protestar este sábado à entrada da GoMA – Gallery of Modern Art, para exigir à instituição Glasgow Life que não vá avante com os cortes orçamentais previstos, indica o Glasgow Times.
A instituição, que é detida pelo Município de Glasgow e gere os museus e as colecções da cidade escocesa, anunciou um corte de 1,5 milhões de libras (mais de 1,7 milhões de euros) no seu orçamento só este ano.
Como consequência, 37 dos 128 funcionários da instituição vão perder o posto de trabalho, algo que as organizações sindicais não aceitam.
Essa discordância já ficou patente no sábado passado, numa primeira mobilização contra os cortes e despedimentos, bastante apoiada, à entrada da Burrell Collection, no Pollok Park.
Brian Smith, responsável da Unison, disse aos Glasgow Times: «Os protestos estão a ganhar ritmo e temos o apoio de toda a comunidade artística e de muitas sociedades e associações amigas que apoiam os museus.» Apelou ainda à participação de todos no protesto marcado para amanhã.
Degradação de serviços
Para os sindicatos, estão em causa não só os postos de trabalho, mas também os próprios serviços prestados nos museus da cidade.
Os cortes para arquivistas, equipas de colecções especiais, curadores, conservadores, técnicos e pessoal de fotografia, editorial e de design vão tornar os espaços obsoletos e degradados, alertaram.
Por seu lado, os cortes para assistentes de divulgação e de aprendizagem arriscam «transformar um serviço dinâmico de museu em espaços de privilégio da elite», denunciam.
Um representante da Glasgow Life disse que «mais de metade das vagas afectadas por estas medidas de poupança estão actualmente por preencher».
Afirmou ainda que a instituição está a trabalhar de perto com os funcionários e os sindicatos para analisar o que as medidas representam para os trabalhadores individuais.
Por seu lado, o Unison refere que a mobilização que tem lugar este sábado, ao meio-dia, junto ao GoMA se insere numa «campanha crescente».
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