|Colômbia

Governo colombiano deu ordens para militarizar Cáli

A cidade de Cáli, que tem sido um dos pontos mais activos da greve geral, encontra-se cercada por militares e polícias, após uma decisão de Duque para acabar com os protestos contra o governo.

O governo colombiano tem respondido com grande repressão aos protestos que se mantêm há 13 dias contra as políticas neoliberais de Duque e a violência estrutural no país 
Créditos / @CasAmericas

Iván Duque, o presidente da Colômbia, deu ontem ordens aos ministros do Interior e da Defesa, Daniel Palacios e Diego Molano, respectivamente, para militarizar a capital do departamento de Valle del Cauca e «garantir» a manutenção da ordem por parte das forças de segurança.

Instou à aplicação da lei seca, ao levantamento dos bloqueios nas ruas e ao regresso às suas zonas dos membros do Conselho Regional Indígena do Cauca (CRIC), qe ontem se tinham dirigido a Cáli em protesto e foram atacados a tiro.

Horas depois, o ministro da Defesa confirmou o destacamento de 10 mil polícias e 2100 soldados para Cáli, de modo a «garantir a segurança», refere a TeleSur, tendo sublinhado que «não pode haver violência» e que os bloqueios «são um crime».

À meia-noite (hora local), o departamento de Valle del Cauca ficou fechado ao exterior e a mobilidade foi restringida, medidas que, segundo a Prensa Latina, devem permanecer em vigor até ao próximo sábado. O Exército anunciou que soldados da Terceira Brigada estão a realizar controlos em várias zonas de Cáli, Jamundí e Yumbo, «procurando garantir o bem-estar dos cidadãos».

Comunidades indígenas atacadas a tiro

A ordem foi decretada depois da violência ocorrida ontem na cidade, quando «civis», apoiados pela Polícia, dispararam sobre indígenas reunidos no contexto da greve geral, segundo denúncias por estes veiculadas e vídeos que foram postos a circular nas redes sociais.

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Colômbia: noite de forte repressão provoca vários mortos e feridos

Organizações de direitos humanos referiram que a Polícia disparou contra os manifestantes a partir de viaturas com vidros escurecidos. O MP anunciou que vai incriminar vários agentes por homicídio.

Créditos / sputniknews.com

Na noite de quarta-feira, voltou a registar-se intensa repressão por parte das forças de segurança na Colômbia, e pelo menos dois jovens foram mortos na localidade de Pereira (departamento de Risaralda).

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram polícias a disparar junto a um viaduto contra uma concentração de jovens que se manifestavam contra o governo de Iván Duque.

Estes vídeos seguem-se a outros, referentes à noite anterior, em que se vê a Polícia e os militares a dispararem fogo pesado e também a partir de helicópteros contra manifestantes, no âmbito dos protestos relacionados com a greve geral iniciada no passado dia 28 de Abril.

Além dos jovens mortos, que se soube serem Lucas Villa e Miguel Ciro, estudantes de Desporto na Universidade Tecnológica de Pereira, registaram-se vários feridos, na sequência das cargas e disparos policiais. Organizações de direitos humanos indicaram que a Polícia disparou contra os manifestantes a partir de viaturas com vidros escurecidos.

Neste contexto, o Ministério Público (MP) colombiano anunciou, esta quarta-feira, que irá incriminar diversos agentes pelos homicídios de três civis durante as manifestações. De acordo com o MP, o saldo é de 11 vítimas mortais até ao momento, bastante inferior ao registado por diversas ONG, como a Temblores ou a Grita, que afirmam terem ocorrido 37 mortes de manifestantes às mãos da Polícia entre 28 de Abril e 5 de Maio, refere a TeleSur.

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Concentrações lembraram dezenas de mortos pela Polícia na Colômbia

Desde o dia 28 de Abril até esta terça-feira, a organização Grita registou 31 casos de pessoas mortas pela Polícia em vários pontos da Colômbia. Entretanto, novas reivindicações surgem na greve geral.

Créditos / jornaltornado.pt

Ontem à noite, realizaram-se concentrações em diversas cidades, com velas para evocar os «assassinados em território nacional» durante as jornadas de protesto, que inicialmente visavam a Lei de Solidariedade Sustentável (reforma tributária) proposta pelo governo de Iván Duque, mas depois alastraram para outras reivindicações.

Na sua conta de Twitter, o movimento Congreso de los Pueblos, deu conta do ajuntamento na capital, Bogotá, para denunciar a brutalidade policial no país, que, segundo dados divulgados por diversos organismos, ultrapassa os 1443 casos de violência ao longo da greve geral.

A plataforma Grita revelou que, entre as 6h (hora local) de 28 de Abril e as 8h de 4 de Maio, há registo de 216 vítimas de física por parte da Polícia. A mesma fonte indicou que 31 pessoas foram assassinadas, 21 sofreram agressões nos olhos e dez foram vítimas de violência sexual, igualmente por parte da Polícia. No mesmo período, foram registados 814 casos de detenções arbitrárias e 77 de disparos com armas de fogo.

Para além disto, a Provedoria de Justiça emitiu um comunicado em que dá conta de 87 pessoas desaparecidas até ao momento.

«Estamos a fazer as coisas bem»

O general colombiano Eduardo Enrique Zapateiro instou um grupo de polícias a prosseguir a sua acção na cidade de Cáli, tendo-lhes dito que «estamos a fazer as coisas bem» e que estão a «salvar a democracia que alguns querem destruir», refere a TeleSur.

Estas declarações de Zapateiro foram proferidas depois de, na noite de segunda-feira, membros do Exército e do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) terem esntrado no Bairro de Siloé, em Cáli, onde atacaram à bala grupos de jovens que participavam na greve geral.

O Exército assumiu o controlo da cidade, no departamento de Valle del Cauca, e foi decretado o recolher obrigatório.

Concentrações esta terça-feira

Em Chinácota (departamento de Norte de Santander), foi convocada para ontem um protesto com velas «contra a brutalidade policial que matou tantos jovens nestes últimos dias», informa a TeleSur.

Por seu lado, o Colombia Informa revelou que o Esmad interveio de forma violenta em Bucaramanga (Santander), havendo a registar pelo menos dois feridos.

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Quatro dias seguidos de protestos e forte repressão na Colômbia

Iniciada a 28 de Abril, a greve geral contra a reforma tributária de Duque mantém-se há 4 dias nas ruas. A Rede Francisco Isaías Cifuentes dá conta de 8 mortos, vários desaparecidos e dezenas de detenções.

No Dia do Trabalhador, Cáli respondeu à repressão com uma manifestação massiva 
Créditos / @TobarteleSUR

Convocadas por sindicatos, partidos políticos e organizações sociais, muitos milhares de pessoas vieram para as ruas, no Dia Internacional dos Trabalhadores, para continuarem a dizer «não» à Lei de Solidariedade Sustentável (reforma tributária) avançada pelo governo de Iván Duque e repudiar a forte repressão policial dos últimos dias.

Ao descontentamento e à revolta popular com o projecto de lei juntou-se o «mal-estar» provocado pelo apelo do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), expresso na sexta-feira, para que o Exército interviesse contra os manifestantes.

Apesar de o Twitter ter apagado, algumas horas depois, o apelo de Uribe às armas, nas ruas e nas redes sociais o repúdio fez ouvir: «O povo não te quer, assassino criminoso» foi uma de várias expressões sintomáticas veiculadas contra o uribista.

Ontem, Bogotá foi um dos palcos das mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores, contra a reforma de Duque e a repressão policial. «Aqui está o povo nas ruas organizado, a lutar por uma vida digna», afirmaram na capital.

Na sua conta de Twitter, o Congresso de los Pueblos informou que, neste «Primeiro de Maio, no Sul de Bogotá o povo continua nas ruas, apesar da ameaça das forças de segurança e do governo nacional».

A organização denunciou a repressão exercida pela Polícia em vários pontos do país sul-americano, nomeadamente na cidade de Pereira, no departamento de Risaralda. «Fazemos um apelo para que sejam dadas garantias à mobilização social. Protestar é um direito», referiu.

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Prossegue na Colômbia a paralisação nacional contra a reforma tributária

A Central Unitária dos Trabalhadores anunciou o prosseguimento da Paralisação Nacional iniciada esta quarta-feira contra a proposta de legislação que visa aumentar impostos para «financiar a crise».

Milhares de pessoas mobilizaram-se contra as medidas neoliberais de Duque e a violência na Colômbia 
Créditos / co.marca.com

«A greve desta quinta-feira insistirá na oposição à Reforma Tributária, prosseguirá dia 19 de Maio e continuará enquanto o governo persistir na proposta actual», disse Francisco Maltés, dirigente da Central Unitária dos Trabalhadores (CUT).

Além de «marchas massivas, vigorosas e pacíficas» nesse âmbito, também em defesa de apoios sociais e às pequenas e médias empresas, estão igualmente previstas mobilizações para o Primeiro de Maio.

Ontem, desde cedo, milhares de pessoas vieram para as ruas em diferentes cidades e em mais de 500 municípios do país sul-americano, em protesto contra a proposta do governo de Duque, que os manifestantes acusam de estar a passar aos trabalhadores a factura da crise sanitária e económica.

A jornada de protesto, convocada pelo Comité Nacional de Greve, visava igualmente denunciar a violência no país, sobretudo os massacres e os assassinatos de dirigentes sociais, de defensores da paz e dos direitos humanos, bem como de ex-combatentes das FARC-EP signatários do acordo de paz de 2016.

Bogotá, Medellín, Cáli, Barranquilla e Cartagena foram palco das maiores mobilizações, e ali foram reportados vários confrontos com as forças de segurança. De acordo com a Prensa Latina, o governo destacou mais de 47 mil agentes para as ruas.

Na crise sanitária, aprofundar o neoliberalismo

«A Colômbia está mergulhada numa crise económica muito profunda e propõe-se uma reforma tributária para acabar de empobrecer a classe média, encarecer os alimentos, quando 30% da população, segundo o Departamento Administrativo Nacional de Estatística, não está a fazer três refeições diárias», disse a vice-presidente da Federação Médica Colombiana, Carolina Corcho, citada pela Prensa Latina.

De acordo com os promotores da jornada de greve, milhões de pessoas mobilizaram-se em mais de 500 municípios / co.marca.com

Por seu lado, o presidente da CUT em Antioquia, Jaime Montoya, classificou a reforma como «a mais regressiva de todas», além de favorecer as grandes empresas e o capital financeiro.

A reforma tributária, designada como Lei de Solidariedade Sustentável, contempla o aumento dos impostos sobre produtos e serviços, a instalação de portagens urbanas, e altera o regime de isenções fiscais, o que agravaria a situação de assalariados, pensionistas e população com baixos rendimentos.

Denúncias de repressão

Em comunicado, o Comité Nacional de Greve, que integra várias organizações sindicais, movimentos sociais e partidos, sublinhou «a profunda rejeição da população pelas medidas neoliberais de Duque», apesar do «pico da pandemia, da estigmatização da greve promovida pelo governo e alguns órgãos de comunicação», informa a TeleSur.

O Comité denunciou as medidas de recolher obrigatório e a ausência de transportes públicos, adoptadas por algumas autoridades locais para impedir o protesto, bem como as acções de repressão perpetradas por agentes da Polícia e do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) em várias cidades, que se saldaram com um morto, dezenas de feridos e de detidos.

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Órgãos de comunicação locais e internautas deram conta de manifestações, este sábado, também em Barraquilla, Medellín, Bucamaranga, Cartagena e Cáli, com forte presença de forças policiais, militares e de agentes do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad), registando-se vários episódios de repressão sobre os manifestantes.

Houve igualmente mobilizações na região do Catatumbo e na cidade de Popayán, no Cauca. Nesta última, refere a TeleSur, a manifestação do Primeiro de Maio – contra a reforma tributária e a repressão do governo de Duque – é a primeira em mais de 80 anos.

Em Cáli, no departamento de Valle del Cauca, a manifestação do Dia do Trabalhador foi massiva, como resposta à grande repressão exercida sobre os manifestantes nos dias anteriores.

De acordo com um relatório divulgado pela Rede de Direitos Humanos Francisco Isaías Cifuentes na sexta-feira à noite, pelo menos oito pessoas foram mortas em Cáli durante as mobilizações. Além disso, o organismo registou a detenção de pelo menos 84 pessoas, 28 feridos, três manifestantes desaparecidos, três casos de pessoas que perderam um olho e o de uma mulher que foi abusada sexualmente por um agente do Esmad.

Duque move-se

Ainda na sexta-feira, confrontado com a grande oposição nas ruas ao polémico projecto para reajustar as contas em tempos de «crise», Iván Duque anunciou que ordenou ao Ministério das Finanças proceder à sua reformulação.

Já ontem, ao final do dia, na sequência de nova jornada de intensas mobilizações no país, o presidente colombiano anunciou que irá destacar o Exército e outros componentes das Forças Armadas para controlar os protestos nas principais cidades.

Para tal, explica a TeleSur, irá recorrer à figura da «assistência militar», que, disse, está contemplada na Constituição e que manterá, em coordenação com autarcas e governadores, até que as manifestações acabem.

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Em Cúcuta, a greve prossegue, tendo os manifestantes realizado um minuto de silêncio pelas pessoas assassinadas pela Polícia nos protestos destes últimos dias na Colômbia.

O porta-voz nacional do Congreso de los Pueblos, Jimmy Moreno, disse, em alusão ao povo colombiano, que «a dignidade se expressa nas ruas e estradas contra este governo criminoso e corrupto de Iván Duque», cuja renúncia imediata exigiu.

De acordo com o movimento, «a greve geral pretende superar a crise sanitária, educativa, de habitação, emprego, alimentação, transporte, feminicídios» na Colômbia e rejeita «as práticas sociais genocidas contra o movimento social: assassinato, judicialização, ameaça e perseguição por parte do Estado colombiano há décadas».

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As manifestações começaram há uma semana tendo como principal objectivo a retirada da reforma tributária proposta pelo governo de Duque e agora continuam nas ruas com um espectro de reivindicações muito mais amplo, em que se inclui a rejeição da violência estrututal e da brutalidade policial no país.

De acordo com o balanço divulgado pela Plataforma Grita, relativo à repressão exercida sobre os manifestantes pelos agentes do Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) e elementos do Exército colombiano, no período referido registaram-se 1708 casos de violência, com os mais recentes a ocorrerem em cidades como Pereira, Cáli, Medellín, Barranquilla, Buga, Palmira e Bogotá.

O balanço da repressão policial e militar aponta ainda para 222 casos de vítimas de violência física, 37 homicídios, 831 detenções arbitrárias, 312 intervenções violentas, 22 pessoas com lesões oculares, 110 vítimas de balas disparadas por polícias e dez casos de violência sexual.

ALBA-TCP condena a violência na Colômbia

Os países que integram a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) emitiram ontem um comunicado em manifestam a sua preocupação com as vítimas da violência física, das detenções arbitrárias, de desaparecimento, de abuso sexual durante a repressão dos protestos sociais.

O bloco repudiou o uso excessivo da força por parte dos agentes de segurança na Colômbia, tendo feito um apelo às autoridades para velarem pelo dever de proteger os direitos humanos, o direito à vida e à segurança pessoal, refere a agência Prensa Latina.

No texto, a ALBA-TCP destaca que a violência, por parte das forças do Estado, não resolve as causas estruturais das situações de injustiça social, e fez votos pela paz do povo da Colômbia e para que prevaleça o diálogo e a sensatez.

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Não é a primeira vez que alegados civis, denunciados por algumas fontes como paramilitares, disparam sobre manifestantes na greve geral. A Polícia responsabilizou as comunidades ancestrais pelo facto, mas Feliciano Valencia, senador do Movimento Alternativo Social e Indígena, desmentiu essas acusações, tendo afirmado que os indígenas estavam desarmados e foram atacados.

Em comunicado, o CRIC denunciou o ataque «por homens vestidos à civil», que deixou oito indígenas feridos à entrada de Cáli, no 12.º dia da greve geral na Colômbia. Fez ainda um apelo ao governo de Iván Duque para que acabe com a militarização das forças policiais e com a criminalização do protesto no país, indica a TeleSur.

A mesma fonte informa que, nas redes sociais, surgiram denúncias de que o Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) «atacou e sequestrou jovens» em Cáli, tendo levado oito do Bairro Meléndez, já depois do anúncio de Duque de que iria aumentar a presença policial e militar na cidade.

O fim da militarização das ruas e o fim da repressão sobre os manifestantes são duas reivindicações que o povo colombiano assumiu nestes dias de protestos intensos, que começaram a 28 de Abril, contra a reforma tributária e as políticas neoliberais implementadas pelo governo de Duque, e depois alastraram para a defesa de uma mudança do sistema político e dos direitos fundamentais, em que se incluem saúde, habitação e trabalho.

Mobilização solidária com o povo colombiano este sábado no Porto / Carlos Menezes

Mão pesada de Duque e solidariedade internacional

O governo respondeu aos manifestantes com mão pesada e, ao cabo de 12 dias de mobilizações, a ONG Temblores registava 47 mortos no contexto da greve geral, 963 detenções arbitrárias, 12 casos de violência sexual, 548 desaparecidos, 28 pessoas com feridas oculares.

Perante este cenário, várias cidades espalhadas pelo mundo acolheram, este sábado, mobilizações solidárias com o povo colombiano, de apoio ao movimento social e sindical do país sul-americano e para denunciar a repressão e a violência exercidas sobre os manifestantes.

Foi o caso de cidades em França, em Espanha, nos Estados Unidos, na Bélgica, na Suíça, na Austrália, na Argentina, no México e em Portugal, entre outros países. Em Portugal, a mobilização ocorreu este sábado na cidade do Porto e reuniu cerca de 70 pessoas, que denunciaram a repressão e «o governo reaccionário de Iván Duque».

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