Com praticamente 99% do escrutínio realizado, o candidato da Alianza PAIS e vice-presidente durante os dois mandatos de Rafael Correa obtém 51,15% da votação, enquanto Guillermo Lasso, da coligação de direita CREO-SUMA, alcança 48,85%.
Ontem à noite, logo após a divulgação dos primeiros resultados pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Juan Pablo Pozo, milhares de apoiantes do candidato da esquerda, reunidos na zona Norte de Quito, expressaram o seu regozijo pela vitória eleitoral.
Moreno, que declarara à imprensa ir «ser o presidente de todos», reafirmou a sua intenção de prosseguir o caminho iniciado por Rafael Correa há dez anos, dando sequência aos avanços económicos, políticos e sociais alcançados no período conhecido como «Década Ganha».
Como tributo ao construtor deste «novo Equador», Lenín Moreno, que deverá tomar posse a 24 de Maio, pediu a todos os compatriotas que «continuem a construir um país melhor», lançando como desafios à nova administração a erradicação da pobreza extrema, o fim da desnutrição infantil, a melhoria das condições de vida entre as camadas mais velhas da população, informa a Prensa Latina.
Outras prioridades por si anunciadas são a luta contra a corrupção ainda existente no país, bem como o reforço do investimento no Ensino Superior e a criação de emprego.
Lasso ameaça impugnar eleições
Logo após a divulgação dos primeiros resultados oficiais, o ainda presidente Rafael Correa afirmou que a vitória de Lenín é uma «grande notícia para a Pátria Grande», pois «a Revolução voltou a triunfar no Equador» e «a direita [foi] derrotada, apesar dos seus milhões e da sua imprensa».
Já Guillermo Lasso, candidato derrotado à presidência do Equador, não teve palavras de felicitação para Lenín Moreno. O representante da aliança de direita CREO-SUMA não só não reconheceu a derrota, como anunciou a sua intenção de impugnar o acto eleitoral, por «alegadas irregularidades nas actas», que se apressou a denunciar, por via telefónica, a Luis Almagro, o presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA), segundo revela a TeleSur.
Ontem, os apoiantes de Lasso provocaram desacatos junto à sede do CNE na capital do país, Quito, havendo também registo de incidentes na cidade de Guayaquil.
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