As palavras duras são do sub-secretário-geral para Assuntos Humanitários, Stephen O’Brien, que prestou informações ao Conselho de Segurança, ontem, sobre a situação no país. Para além da denúncia da fome generalizada e do surto de cólera, que já infectou mais de meio milhão de iemenitas desde finais de Abril e provocou 1975 mortes, O’Brien instou a Arábia Saudita a levantar o bloqueio aéreo e naval sobre a nação do Sul da Península Arábica, de acordo com a PressTV.
Também o enviado especial das Nações Unidas ao Iémen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, afirmou, na mesma sessão, que «a morte cerca os iemenitas por terra, pelo ar e pelo mar». Os que escapam ao surto de cólera acabam por ser apanhados pelo que descreveu como «cólera política», numa referência ao conflito no país.
Desde Março de 2015 que o Iémen é submetido a uma campanha militar liderada pela Arábia Saudita. Sob a batuta da casa de Saud, uma coligação de países lançou então uma poderosa ofensiva contra o mais pobre dos países do mundo árabe, com ataques aéreos em vários pontos do território.
O objectivo, declarado, é esmagar a resistência do movimento Ansarullah e recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, um aliado próximo de Riade que se demitiu da presidência e fugiu para a Arábia Saudita, antes de regressar à cidade de Aden, no Sul do país. De acordo com dados recentes, a guerra de agressão contra o Iémen já provocou mais de 12 mil mortos entre a população civil.
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