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Quarto dia de protestos em St. Louis, após absolvição de agente

Desde que, na sexta-feira, um juiz absolveu um ex-polícia das acusações relacionadas com o assassinato de um afro-americano, em 2011, registaram-se intensos protestos na cidade norte-americana de St. Louis e mais de 80 pessoas foram detidas.

Manifestante dirige-se aos polícias nas ruas de St. Louis, na terceira noite de protestos após a absolvição de um ex-agente
Créditos / voanews.com

Durante o dia, têm havido grandes mobilizações, de um modo geral não violentas, de acordo com órgãos de comunicação local e mensagens divulgadas via Twitter, a que a Prensa Latina e a RT fazem referência.

À noite, os protestos têm sido mais violentos, com diversos grupos a provocar danos consideráveis no centro da cidade, localizada no estado do Missouri, junto à fronteira com o de Illinois.

No domingo, cerca de mil pessoas juntaram-se em frente ao Departamento da Polícia, fazendo ouvir palavras de ordem como «Parem de nos matar». Já esta manhã, mais de 100 pessoas concentram-se frente à Câmara Municipal.

Bruce Franks Jr, representante estadual no Congresso pelo Partido Democrata, afirmou à comunicação social que «a paz não é uma opção», mas que havia «uma diferença entre ser-se pacífico e não-violento», em alusão aos protestos das últimas noites. Para Franks o cerne da questão está em «perturbar» e em «tornar as pessoas desconfortáveis».

Mais pacíficos ou mais violentos, os protestos regressaram às ruas de St. Louis na sexta-feira passada, depois de um juiz ter absolvido um ex-polícia das acusações relacionadas com os factos ocorridos em Dezembro de 2011.

Então, o ex-agente e um colega perseguiram Anthony Lamar Smith durante quase cinco quilómetros, suspeitando que o afro-americano estava envolvido no tráfico de drogas.

No final da perseguição, a viatura do suspeito foi alcançada e, quando este tentou acelerar em fuga, foi atingido por cinco disparos.

O ex-agente afirmou que tinha agido em legítima defesa, por julgar que Lamar Smith ia pegar numa pistola. No entanto, a análise forense revelou que apenas o ADN do ex-membro das forças policiais estava presente na arma junto a Smith. O polícia foi acusado pelo Ministério Público de a ter colocado na cena do crime e de homicídio de primeiro grau.

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