O Plano Regresso à Pátria, implementado em Agosto deste ano pelo chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, começou a funcionar no mês seguinte, com o objectivo de apoiar os venezuelanos que emigraram para outros países da América Latina, onde pensavam encontrar novas oportunidades de trabalho e de melhorar as suas vidas, mas que acabaram por se deparar com uma realidade adversa, e expressaram a vontade de regressar à Venezuela.
De acordo com o governo bolivariano e com os relatos dos emigrantes, muitos manifestam esse desejo depois de sofrerem acções de xenofobia, violência e discriminação, enfrentarem situações de desemprego, exploração e maus-tratos laborais, bem como problemas de saúde e dificuldades económicas existentes nos países de acolhimento.
Nos quatro meses da vigência do programa governamental, entre o início de Setembro e o dia ontem, 11 862 venezuelanos regressaram ao seu país, provenientes do Brasil, do Peru, do Equador, da Argentina, da República Dominicana, da Colômbia, do Chile e do Panamá, precisou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, William Castillo.
Em declarações à imprensa, este sábado, no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, o diplomata venezuelano sublinhou que o projecto constitui um «esforço inter-institucional», que conta com o apoio da linha aérea estatal Conviasa, que, nos últimos quatro meses, efectuou 46 voos para possibilitar o regresso de compatriotas emigrantes.
Castillo disse ainda que estão inscritas nos consulados e embaixadas venezuelanos de diversos países mais de 10 mil pessoas, à espera de poderem regressar, no âmbito «Plan Vuelta a la Patria», indica a Prensa Latina.
Por seu lado, o presidente da Conviasa, Ramón Velásquez, explicou que os voos integrados nesse programa de repatriamento serão reiniciados em 2019, estando previstas duas jornadas especiais para o mês de Janeiro: uma no dia 19, com seis voos provenientes da República Dominicana, do Equador e do Peru, e outra no dia 26, com mais seis voos, a partir da Argentina, do Equador e do Peru.
No seu portal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros venezuelano destaca o esforço e o feito que representam para o executivo bolivariano trazer de volta ao país os compatriotas que assim o desejam, conseguindo «juntar famílias antes do fim do ano», que se haviam separado na sequência de «uma voraz e intensa campanha mediática que visa desacreditar a Venezuela».
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