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|movimento pela paz

«Recursos para as necessidades dos povos e não para os planos da NATO»

Condenando o genocídio na Palestina, a Federação Sindical Mundial pede aos trabalhadores que se mobilizem pela paz a 1 de Setembro, exigindo a dissolução da NATO, o fim das armas nucleares e o respeito pela soberania.

Zona destruída por bombardeamentos israelitas em Beit Lahia, no Norte da Faixa de Gaza CréditosAbdulqader Sabbah / Anadolu

Sob os lemas «Parem as guerras e intervenções imperialistas» e «Recursos para as necessidades dos povos e não para os planos da NATO», a Federação Sindical Mundial (FSM) agendou para 1 de Setembro uma Jornada Internacional de Acção Sindical pela Paz.

Essa jornada tem lugar «por ocasião do sombrio aniversário do início da Segunda Guerra Mundial com o ataque da Alemanha nazi à Polónia», explica a FSM na sua página online, num documento em que apela à mobilização dos sindicatos de classe e seus filiados, evocando «milhões de vítimas das atrocidades nazis e fascistas», bem como todos aqueles que sofrem por causa dos «conflitos imperialistas e a sede interminável de lucros do grande capital».

Com esta jornada de mobilização sindical pela paz, a Federação pretende denunciar veementemente, entre outros aspectos, «o aumento ininterrupto das despesas militares e os conflitos imperialistas em curso».

Será igualmente exigida a dissolução da NATO e de todas as coligações militares; a abolição total das armas nucleares, e o respeito pela independência e soberania de todos os estados.

Aumento contínuo das despesas militares no seio da NATO

No texto de apelo à mobilização, o movimento sindical internacional de classe denuncia os preparativos bélicos da NATO e alerta que, entre os estados-membros dessa aliança, se verifica uma tendência há anos para a «economia de guerra», fazendo aumentar o risco de um conflito generalizado.

Este aumento contínuo das despesas militares é, no entender da FSM, «uma provocação para os povos e os trabalhadores que vivem constantemente o impacto da subida dos preços, da inflação e das políticas de austeridade a longo prazo».

Além disso, sublinha, «as exclusões, discriminações, embargos e sanções impostas pelos EUA, pela NATO e pela UE [União Europeia] a vários países afectam ainda mais os níveis de vida das famílias com baixos rendimentos».

Apoio à Palestina e exigência de cessar-fogo imediato em todas as guerras

Cartaz de apelo à mobilização a 1 de Setembro / FSM

A FSM intensifica «a sua firme luta pela paz», condena as guerras que o imperialismo promove por todo o mundo e exige «um cessar-fogo imediato e o fim da guerra na Ucrânia, no Iémen, no Sudão e em todas as zonas de guerra, no Médio Oriente e noutros lugares».

«Condenamos o genocídio, a limpeza étnica e os crimes diários cometidos por Israel na Palestina, com a tolerância provocatória e o apoio dos Estados Unidos, da União Europeia e dos seus aliados», declara a FSM, que exige «o fim imediato e incondicional de todas as campanhas militares e ataques do Estado israelita assassino».

Não haverá garantias de paz no Médio Oriente sem respeitar uma pré-condição crucial: «pôr termo imediato à ocupação israelita e aos colonatos nos territórios árabes ocupados, assegurar o direito de regresso dos refugiados e o estabelecimento de um Estado palestiniano independente nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital», afirma a federação sindical.

Neste contexto, a FSM insta os trabalhadores de todo o mundo a divulgar a mensagem «do internacionalismo e da luta de classes por uma paz duradoura, por um mundo livre de intervenções imperialistas e da exploração do homem pelo homem».

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