Não é exagero dizer-se que Jorge Arreaza, secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), derreou Almagro e o candidato (derrotado) da extrema-direita à Presidência da Venezuela, Edmundo González.
«Que par de jóias baratas!», escreveu o diplomata venezuelano esta terça-feira na sua conta de Telegram, junto a uma foto de ambos – o venezuelano de direita e o uruguaio à frente da Organização de Estados Americanos (OEA), em que se cumprimentam, durante a recepção que esta segunda-feira o segundo deu ao primeiro na sede da OEA.
A este propósito, o secretário executivo da ALBA disse que é «difícil saber qual é mais agente entre os dois» e que «ambos são fiéis cachorrinhos e assalariados do imperialismo».
Em seu entender, «um representa a decadente Doutrina Monroe da moribunda OEA; o outro, a casta de apelidos da oligarquia fascista venezuelana».
O dirigente do órgão de integração regional bolivariano destacou que «o povo da Venezuela é irrevogavelmente livre e independente» e afirmou que «nenhum plano "Nárnia 2" terá qualquer efeito na Pátria de Bolívar».
Por isso, deu um conselho aos fotografados: «Não se vistam, que não vão!», em alusão às aspirações de Edmundo González de tomar posse como presidente da Venezuela no próximo dia 10 e ao apoio que Almagro, sempre prestável aos interesses de Washington e aliados, lhe deu.
Na sua conta de Telegram, Jorge Arreaza já tinha criticado duramente, este ano, a atitude de Luis Almagro. «A sua obsessão anti-venezuelana é tal que não fala dos terríveis crimes cometidos contra adolescentes no Equador, mas fá-lo para apoiar acções conspirativas contra a Venezuela (um país que não é membro da OEA)», denunciou.
Em seu entender, este procedimento de Almagro – a quem chamou «Sicário Geral do Ministério das Colónias Yankees» – está relacionado com o facto de precisar de «garantir que continua a ser bem pago em Washington, como bom agente imperialista e mercenário que é».
O secretário-geral da OEA tem créditos firmados na defesa dos interesses da Casa Branca, e Arreaza não o esquece: «Almagro continuará a vasculhar no lixo da história, do qual jamais poderá sair.»
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