Drones carregados de explosivos foram lançados contra uma Academia Militar na cidade de Homs, na quinta-feira, quando estava a decorrer uma cerimónia de graduação de cadetes, na presença das famílias.
Actualizando o registo de vítimas, o Ministério sírio da Saúde informou, ontem, que o número de militares e civis mortos no ataque terrorista subiu para 89.
Num comunicado, o Ministério esclareceu que, entre as vítimas mortais, há 35 mulheres e cinco crianças, acrescentando que 277 pessoas ficaram feridas no ataque.
O governo sírio declarou três dias de luto público e oficial pelas vítimas, tendo anunciado que as bandeiras ficarão a meia haste no país, bem como em todas as embaixadas e demais missões diplomáticas sírias no mundo.
Ontem, familiares e oficiais, incluindo o ministro sírio da Defesa, Ali Mahmoud Abbas, juntaram-se em Homs – localizada cerca de 160 km a norte de Damasco e 190 km a sul de Alepo – para participar nos funerais das primeiras 30 vítimas.
Na ocasião, Abbas disse à imprensa que «o preço da dignidade e o orgulho da pátria é grande, e a coisa mais cara que um ser humano pode oferecer é ele mesmo», refere a Sana.
Por seu lado, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros condenou de forma veemente o atentado contra a Academia Militar de Homs, durante uma cerimónia de graduação de cadetes, classificando-o como «vil e cobarde», e como «um claro exemplo da abordagem terrorista e brutal dos seus autores que o povo sírio sofre há muitos anos».
«A Síria sublinha que este acto não debilitará a sua determinação em erradicar a praga do terrorismo e os seus patrocinadores», destacou o Ministério, tendo instado a Organização das Nações Unidas e o seu Conselho de Segurança a condenar «esta agressão» e a responsabilizar perante o povo sírio os estados que apoiam o terrorismo.
Condenações, solidariedade, votos de condolências
Venezuela, Palestina, Irão, Bielorrússia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Líbano, Iémen (Movimento Huti Ansarullah), Rússia e Argentina expressaram à Síria a condenação do ataque terrorista de quinta-feira, através dos seus ministérios dos Negócios Estrangeiros, parlamentos ou chefias do Estado.
Cuba, Jordânia, Egipto, Brasil, Nicarágua, Argélia, Sudão, Arménia e Iraque também integram a lista de países que veicularam essa condenação e solidariedade, tal como a Liga Árabe.
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