Em declarações à imprensa após a cerimónia de reabertura da Escola Básica Mártir Ahmed Zaal Fadel, esta segunda-feira, o ministro sírio da Educação, Muhammad Amer al-Mardini, explicou que a unidade escolar tem uma área total de 2500 metros quadrados e dispõe de 28 salas de aula, uma de laboratório, outra de informática e uma biblioteca.
«Os nossos esforços vão continuar centrados na reabilitação e reabertura de todas as escolas afectadas pela guerra, apesar das difíceis condições económicas que atravessamos», disse o titular da Educação, citado pela Sana.
Na re-inauguração também participaram autoridades da província de Quneitra, porque a maioria dos habitantes de Hajar al-Aswad são deslocados de Quneitra durante a guerra de Junho de 1967 com Israel. Apesar de se encontrar a apenas cinco quilómetros do centro de Damasco, administrativamente o bairro-cidade pertence à província do extremo Sudoeste sírio.
Moataz Abu al-Nasr Jamran, governador de Quneitra, disse que as obras de reconstrução decorreram no tempo recorde de três meses, o que se ficou também a dever à cooperação dos departamentos provinciais da Educação e dos Serviços Técnicos.
A reabertura da escola contribui para facilitar o regresso a suas casas das famílias deslocadas por causa do terrorismo, referiu.
Por seu lado, o director da Educação de Quneitra, Abdo Zaytoun, revelou que a escola tem a capacidade para acolher 450 alunos e que é a terceira a ser reconstruída na cidade.
A cerimónia incluiu uma exposição com 300 peças de trabalhos manuais realizadas pelos estudantes, dança tradicional e a plantação de árvores no jardim central.
Hajar al-Aswad foi ocupada pelos terroristas do Daesh entre 2012 e 2018. Segundo refere a Sana, após a libertação do terrorismo, as autoridades têm realizado «esforços para devolver a vida à cidade», onde residem actualmente 20 mil pessoas (antes da guerra imposta ao país árabe, eram 150 mil).
«Travem a agressão e o genocídio do ocupante sionista»
Na Biblioteca Nacional de Damasco, partidos políticos e representantes de várias missões diplomáticas no país árabe participaram, também esta segunda-feira, num evento em defesa dos direitos do povo palestiniano, que decorreu sob o lema «Travem a agressão e o genocídio do ocupante sionista».
A um minuto de silêncio «em honra e memória dos milhares de palestinianos mortos», seguiram-se os hinos nacionais da Palestina e da Síria, e as intervenções de vários diplomatas, como o embaixador de Cuba, Luis Mariano Fernández, que defendeu como inadiável uma solução ampla, justa e duradoura para a questão.
«Cada momento de inacção e passividade em relação ao que se passa na Palestina custará mais vidas de inocentes e é preciso agir de imediato», sublinhou, citado pela Prensa Latina.
Por seu lado, o embaixador palestiniano em Damasco, Samir al-Rifai, denunciou o silêncio dos países ocidentais perante os crimes cometidos por Israel, sublinhando que o apego do povo palestiniano à sua terra e a sua resistência são a resposta prática aos planos que estão a ser engendrados para acabar com a causa da Palestina.
Num evento em que também intervieram representantes das embaixadas da Venezuela, da Argélia e do Irão em Damasco, Muhammad al-Mahdhabi, diplomata da Tunísia, disse que a «unidade nacional é a rocha contra a qual se partirão todas as conspirações sionistas».
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