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Trabalhadores e deputados lançam Frente em defesa da Soberania Nacional no Paraná

Contra a «venda do Brasil», movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos uniram-se na Frente Parlamentar e Popular em defesa da Soberania Nacional. No Paraná, a frente foi lançada esta segunda-feira.

O lançamento da Frente Popular e Parlamentar em defesa da Soberania Nacional no Paraná teve lugar dia 2, na Assembleia Legislativa, em Curitiba
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A nível nacional, a Frente surgiu no início de Setembro, em Brasília, tendo em conta que as empresas públicas brasileiras, «na mira do governo federal desde Temer», estão a ser alvo de um processo mais agressivo com Bolsonaro, «que pretende privatizar dezenas delas até ao fim do seu mandato», lê-se no portal Brasil de Fato, que lembra que Petrobras, Correios e Eletrobras são algumas das que estão na lista para serem vendidas a empresas internacionais.

Com o mesmo objectivo de combater a política de privatizações, a precariedade, a degradação dos serviços públicos, a perda de direitos dos trabalhadores e o fim da soberania nacional, a Frente foi lançada ontem no estado do Paraná, no Sul do país, também ali unindo movimentos populares, partidos políticos e sindicatos.

Marcio Kieller, presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT) no Paraná, destacou a importância da unidade das centrais sindicais, num acto que contou com a presença de vários trabalhadores de diferentes áreas e empresas que estão na lista das privatizações.

Por seu lado, o deputado estadual e líder da oposição Tadeu Veneri (PT) sublinhou que, tanto no Paraná como no resto do Brasil, há um projecto de desconstrução dos serviços públicos, a destruição do que «nos últimos 30, 40 anos foi visto como o principal direito que a população tem: um serviço público de qualidade», disse, citado pelo Brasil de Fato.

Defesa dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores

Presidente de honra da Frente Nacional em defesa da Soberania Nacional, o antigor senador Roberto Requião (MDB) apelou à unidade de todos para derrotar o projecto do «liberalismo económico» e do «capitalismo financeiro», que «traz como consequência a perda sistemática de direitos dos trabalhadores».


Como alternativa a este cenário, Requião defendeu o fortalecimento da Frente e a realização de um plebiscito com um referendo de revogação de tudo o que foi feito pelos governos de Temer e Bolsonaro contra a soberania brasileira, indica a fonte.

«É preciso dizer aos empresários que estão comprando concessões públicas que estes governos não estão autorizados a fazer isso. E as suas campanhas eleitorais não disseram que venderiam o Brasil e nem que liquidariam os direitos dos trabalhadores», denunciou. «Defendo que seja feito um plebiscito para revogar o que foi feito nos Governos Temer e Bolsonaro», disse, ao intervir na Assembleia.

Integram a Frente no Paraná a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, diversos sindicatos e partidos políticos como o PT, PCB, PSOL e PCdoB, entre outros.

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